Análise aponta inconsistências na escala de poder de 'demon slayer: Kimetsu no yaiba'

A obra Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, mundialmente aclamada por sua arte e narrativa envolvente, tem sido objeto de uma análise cuidadosa por parte dos leitores em relação à progressão de poder de seus personagens principais. Investigadores atentos ao cânone da série apontam que a escala de poder, especialmente envolvendo os Hashiras e os Luas Superiores, apresenta inconsistências notáveis que afetam a coerência dos confrontos decisivos.

Avaliação da força inicial dos Hashiras na batalha contra Akaza

Um dos primeiros pontos levantados na crítica concerne ao combate entre Rengoku e o Lua Superior Três, Akaza. Observa-se que Akaza parecia estar utilizando apenas técnicas básicas de mão, sem empregar todas as suas capacidades físicas, o que sugere uma performance subótima durante o confronto. Utilizando uma abordagem especulativa sobre a biomecânica, onde a força das pernas supera consideravelmente a dos braços, conclui-se que Rengoku, mesmo enfrentando um Akaza contido, demonstrou uma dificuldade significativa. Isso estabeleceria Rengoku em uma fração muito baixa da força total do demônio, levantando questionamentos sobre o limiar de poder necessário para enfrentar níveis superiores de ameaça.

O papel das Habilidades e Marcas de Caçadores

A flutuação de poder parece se acentuar com a introdução de outros Hashiras e de mecanismos de aumento de força, como a Marca do Caçador de Demônios. O caso do Hashira do Som, Tengen Uzui, que lutou contra a Lua Superior Seis, ilustra um ponto de fricção. Embora a narrativa sugira correlações entre capacidade física e eficácia da Respiração, Tengen encontrou grandes obstáculos, o que alguns analistas tentam justificar como uma limitação de potencial nato dele.

No entanto, a disparidade se torna mais evidente na luta de Mitsuri Kanroji, a Hashira do Amor, contra Zohakuten, a Quarta Lua Superior. Mitsuri, mesmo em sua forma base, conseguiu controlar o demônio a ponto de quase ser fatal. A expectativa seria que o despertar da Marca de Caçador aplicasse um aumento exponencial de poder, um ganho que foi drasticamente demonstrado por outros, como Muichiro Tokito, que passou de ter dificuldades contra Gyokko (Lua Superior Cinco) para dominar a forma final do demônio após ativar sua marca.

A performance de Mitsuri, que se restringiu a uma estagnação da ameaça em vez de uma aniquilação rápida ao lado de Tanjiro, sugere que o incremento de poder conferido pela Marca foi relativamente modesto naquele cenário. Se o avanço fosse de magnitude x10, como sugerido por comparações implícitas entre os Hashiras remanescentes e Rengoku, Mitsuri deveria ter sido capaz de dominar a situação com mais autoridade, descartando a necessidade de apenas segurar Zohakuten.

A necessidade de clareza nas hierarquias

A discrepância de força entre os próprios Luas Superiores e o efeito inconsistente dos aprimoramentos do lado dos Caçadores, como a Marca, a Respiração (utilizando diferentes técnicas) e a percepção sensorial aprimorada (STW), criam zonas cinzentas na definição do poder real dos personagens. Um exemplo seria especular sobre a força de Giyu Tomioka, que é frequentemente colocado em um patamar similar a Sanemi Shinazugawa e Rengoku.

Se Rengoku representava uma fração modesta de Akaza, e Giyu fosse equiparável a Rengoku, o Pilar da Água deveria, teoricamente, superar Akaza de maneira expressiva após receber os mesmos aprimoramentos. A falta de métricas claras para quantificar esses aumentos impede uma avaliação objetiva da hierarquia de poder estabelecida pela narrativa de Kimetsu no Yaiba.