Análise de cenário: O impacto se kokushibo tivesse atacado a família kamado em demon slayer

A narrativa de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba centraliza-se no ataque brutal de Muzan Kibutsuji à família Kamado, um evento que define a jornada de Tanjiro. Contudo, uma ponderação sobre a estratégia do Rei dos Demônios revela um cenário alternativo fascinante: e se Muzan tivesse delegado essa tarefa crucial a Kokushibo, a Lua Superior Número Um, em vez de ir pessoalmente?

A decisão de Muzan de comparecer à montanha naquela noite específica é geralmente vista como um capricho, guiado por sua necessidade de investigar o paradeiro de Tamayo e porque ele sentia a presença de um usuário de Respiração Solar latente no ar. Mudar o agente da matança alteraria drasticamente a linha do tempo do mangá e do anime.

O poder da Lua Superior Um em ação

Kokushibo, conhecido como Michikatsui Tsugikuni, é o espadachim mais poderoso sob o comando de Muzan. Sua força e habilidade com a lâmina excedem, em muito, a de qualquer outro demônio de nível inferior. Se ele tivesse sido enviado, o resultado para a família Kamado seria ainda mais imediato e absoluto.

Enquanto Muzan, aquele encontro foi marcado por uma breve hesitação dele ao perceber o cheiro do antigo usuário do Respiração do Sol, o que permitiu a Nezuko manifestar sua resistência demoníaca. Com Kokushibo, a hesitação seria menor. Sua execução seria rápida e provavelmente não deixaria sobreviventes na cabana inicial, especialmente porque ele não teria a mesma curiosidade sobre a linhagem do Respiração do Sol que Muzan demonstrava.

Implicações para Tanjiro e Nezuko

Um dos pilares da história é a sobrevivência milagrosa de Nezuko e o subsequente despertar da determinação ferrenha de Tanjiro. Se Kokushibo tivesse aniquilado toda a família de forma expedita, Tanjiro não teria sequer a chance de encontrar Giyu Tomioka, o Pilar da Água, que interveio logo após o ataque de Muzan.

Neste cenário alternativo, o caminho para se tornar um Caçador de Demônios seria drasticamente modificado. Tanjiro, ao descobrir o massacre, estaria completamente despreparado para enfrentar qualquer demônio de nível alto. A ausência de Nezuko como testemunha viva ou como a primeira demônio a resistir ativamente ao controle de Muzan enfraqueceria a motivação inicial de Tanjiro, que é tanto vingança quanto a busca pela cura de sua irmã.

A busca pelo mestre Urokodaki Sakonji, mentor da técnica da Água, seria menos provável de ocorrer sob as mesmas circunstâncias. O mundo dos Caçadores de Demônios, conforme descrito pelo Corpo de Caçadores de Demônios, nunca teria a chance de recrutar o protagonista principal na forma que conhecemos.

O efeito dominó na guerra contra Muzan

A presença ou ausência dos irmãos Kamado no desenvolvimento inicial da trama tem um efeito cascata sobre a narrativa geral. A ascensão e o desenvolvimento dos Pilares, incluindo a introdução de Kyojuro Rengoku e seu encontro com Tanjiro, seriam adiados ou alterados substancialmente. A luta prolongada contra as Luas Superiores, que culmina no confronto final em Infinity Castle Arc, dependeria de peças que nunca teriam sido colocadas no tabuleiro se Kokushibo tivesse completado a missão de forma mais eficiente.

Em suma, a falha, ou melhor, a hesitação motivada pela curiosidade de Muzan ao visitar os Kamados, foi o catalisador fundamental para toda a saga. A presença de Kokushibo teria garantido uma vitória imediata para as forças demoníacas na véspera da ascensão de Tanjiro, mudando irrevogavelmente o destino de toda uma era.