Análise de cenários alternativos na saga do treinamento hashira em kimetsu no yaiba
A troca de papéis entre Muichiro Tokito e Tanjiro Kamado contra luas superiores Hantengu e Gyokko suscita profundas mudanças na narrativa.
A narrativa épica de Kimetsu no Yaiba, especialmente durante o arco do Treinamento Hashira e o arco da Vila dos Ferreiros (Encanamento da Aldeia), foi definida pelos duelos específicos entre os Pilares e as Luas Superiores. No entanto, especulações sobre um cenário onde Muichiro Tokito e Tanjiro Kamado trocassem de adversários oferecem uma análise fascinante sobre o desenvolvimento de poder e adaptação dos personagens centrais.
O Desafio de Muichiro contra Hantengu
Originalmente, Muichiro enfrentou a Lua Superior Quatro, Hantengu, demonstrando um rápido avanço em sua forma de combate e no entendimento de sua Respiração da Névoa, o que culminou em um desfecho dramático, mas vitorioso. Se Muichiro tivesse que enfrentar a Lua Superior Cinco, Gyokko, o desafio seria primordialmente tático e técnico.
Gyokko, com suas habilidades baseadas em manipular a água e criar um ecossistema dentro de seu pote, exige uma capacidade de adaptação imediata e uma resistência a ataques surpresa. Muichiro, embora um gênio da espada, demonstrava certa ingenuidade em combate não linear. A perda de memória prévia e seu foco meditativo poderiam ser explorados pela natureza caótica e ilusória dos ataques de Gyokko, tornando a vitória muito mais incerta ou exigindo um gasto de energia desproporcional para dominar o espaço aquático do demônio.
A Luta de Tanjiro contra Gyokko
Por outro lado, a jornada de Tanjiro Kamado contra a Lua Superior Cinco, Gyokko, seria um teste extremo para o seu desenvolvimento. Tanjiro, embora possua uma determinação inabalável e a capacidade de adaptação que o caracteriza, ainda carecia da disciplina e da maestria técnica de um Hashira naquela fase da história. Seu aprendizado da Dança do Deus do Fogo contra Hantengu foi crucial, mas a natureza do combate contra Gyokko é diferente.
Enfrentar um oponente que domina a água e usa múltiplos corpos requer uma consciência espacial aguçada e golpes decisivos. Tanjiro, dependendo de sua velocidade de aprendizado e da aplicação da Dança do Deus do Fogo nesse novo contexto, poderia se afogar metaforicamente nas artimanhas do demônio. A intervenção de Haganezuka Hotaru, o ferreiro, torna-se ainda mais vital, pois sem a precisão de um Pilar, a capacidade de Tanjiro de proteger inocentes enquanto finaliza o demônio seria severamente comprometida.
O Confronto de Tanjiro com Hantengu
Se Tanjiro fosse designado para Hantengu, o cenário se tornaria um verdadeiro teste de resiliência emocional. A natureza de Hantengu, que se divide em manifestações baseadas em emoções negativas, espelha a própria luta interna de Tanjiro contra a tristeza e a raiva decorrentes da caça aos demônios. Sua empatia, geralmente uma força, pode se tornar uma fraqueza ao tentar discernir e atacar a verdadeira essência do demônio.
No entanto, a determinação de Tanjiro em proteger a todos, especialmente Nezuko e os aldeões, alinha-se perfeitamente com a necessidade de perseguir cada clone de Hantengu incansavelmente. A Dança do Fogo, com seu poder destrutivo e calor intenso, seria a ferramenta ideal para varrer as múltiplas ameaças simultaneamente, potencialmente permitindo que ele encontrasse o núcleo de Hantengu mais rapidamente do que Muichiro fez inicialmente, dada a sua maior motivação pessoal na proteção direta dos civis.
Essa inversão de lutas foca em como a especialização dos Hashiras é vital, mas também expõe as lacunas que Tanjiro precisava preencher para se tornar um espadachim de elite. Cada troca de papéis exigiria que os personagens utilizassem suas habilidades em contextos para os quais não estavam totalmente preparados.