Anime/Mangá EM ALTA

Análise crítica questiona a moralidade e o propósito do jogo greed island na narrativa

O polêmico jogo Greed Island é reexaminado sob uma luz ética severa, levantando dúvidas sobre seu valor e a conduta de seu criador.

Fã de One Piece
01/11/2025 às 08:47
9 visualizações 4 min de leitura
Compartilhar:

O universo de Hunter x Hunter, apesar de sua aclamação, frequentemente apresenta dilemas morais complexos, e poucos elementos geram tanta controvérsia quanto o jogo de cartas Greed Island. Uma análise aprofundada da premissa do jogo revela um sistema inerentemente cruel e eticamente questionável, concebido por seu criador, Ging Freecss.

A crueldade como mecânica central

O princípio fundamental de Greed Island reside no incentivo direto à competição violenta entre jogadores. A estrutura do jogo exige que os participantes adquiram cartas específicas, muitas vezes por meios que escalam até o confronto direto e mortal. A questão levantada é o propósito final de tamanha violência: recompensas, como a posse de apenas três cartas raras, parecem desproporcionais ao risco extremo envolvido.

O jogo transforma vidas em moedas de troca por itens virtuais. Se o objetivo era apenas um treinamento rigoroso para futuros Hunters, o custo humano - as mortes de jogadores que não sobreviveram à competição - é um ponto de falha ética grave. Alegar que essas mortes ocorreram meramente para a formação de indivíduos como Gon é visto como uma justificativa moralmente vazia para um sistema perigoso.

Ging Freecss: O criador irresponsável

A figura de Ging Freecss, um dos cinco-estrelas Hunters mais reverenciados, é colocada sob nova lupa. Sua decisão de desenvolver um jogo que intencionalmente coloca vidas em risco, mascarado sob a fachada de entretenimento ou desafio, sugere uma profunda insensibilidade e irresponsabilidade. Tais ações refletem em sua vida pessoal, onde seu abandono do filho também é um tema recorrente na obra.

Uma das maiores incongruências apontadas é a existência de poderes transformadores dentro do jogo. A capacidade de curar doenças incuráveis, por exemplo, se já está disponível dentro do artefato mágico, levanta a pergunta: por que essa tecnologia vital não foi disponibilizada publicamente, em vez de ser restrita a um ciclo de jogos perigosos e secretos? Isso sugere que a prioridade do criador estava mais ligada ao desafio pessoal do que ao bem-estar global.

A justificação de personagens problemáticos

Além das falhas sistêmicas do jogo, o tom narrativo da obra é criticado por sua aparente tolerância com indivíduos moralmente falhos. Personagens como Genthru, o assassino implacável, e Razor, que lidera um grupo violento, são tratados com uma condescendência que enfraquece a mensagem moral geral da história. A tentativa de Gon e até mesmo de Ging de entender ou justificar tais atos é vista como uma falha em confrontar o mal de forma direta.

A narrativa, ao parecer favorecer o quixotismo de seus protagonistas que buscam redenção em figuras criminosas, perde a oportunidade de ser mais coesa em sua abordagem sobre o certo e o errado. A complexidade do sistema de Nen e a habilidade de criar mundos virtuais poderosos exigem um escrutínio ético maior sobre as ferramentas utilizadas pelos personagens centrais de Hunter x Hunter.

Fonte original

Tags:

#Hunter x Hunter #Ging Freecss #Crítica #Greed Island #Conduta dos Personagens

Fã de One Piece

Entusiasta dedicado da franquia One Piece com foco em análise de conteúdo e apreciação de comédia e desenvolvimento de personagens. Experiência em fóruns especializados e discussões temáticas sobre o mangá/anime.

Ver todos os artigos
Ver versão completa do site