Análise sugere que a maldição dos caçadores de demonios em demon slayer seria disritmia cardíaca grave

O universo de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, aclamado mangá e anime, sempre gerou especulações intensas sobre os limites físicos impostos aos Caçadores de Demônios. Uma análise detalhada sobre a marca que surge nos guerreiros sugere que o custo final dessa bênção é, na verdade, uma fatalidade médica: a disritmia cardíaca severa, ou arritmia.

Argumentos apontam que a maldição, que geralmente restringe a vida dos usuários até os 25 anos, poderia ser o resultado de um estresse cardiovascular extremo. Este fenômeno se manifesta em momentos de luta intensa, quando os espadachins atingem seu ápice de poder.

A experiência fisiológica no limite

A evidência primária para esta hipótese reside na descrição dos sintomas sentidos pelos personagens durante o despertar da Marca. Notavelmente, o Pilar da Névoa, Muichiro Tokito, relatou um aumento drástico em suas funções vitais ao utilizá-la pela primeira vez contra a Lua Superior Gyokko. O garoto observou sua frequência cardíaca ultrapassando os 200 batimentos por minuto, acompanhada por uma hipertermia, com a temperatura corporal atingindo cerca de 39°C.

A combinação de taquicardia extrema e febre em um indivíduo sob esforço sobre-humano impõe uma pressão insustentável sobre o músculo cardíaco. Enquanto um corpo treinado pode suportar picos momentâneos, o uso recorrente ou o uso em estado de lesão grave, como ocorreu em vários combates cruciais da obra, cria danos crônicos. Essa sobrecarga repetida levaria a falhas estruturais e funcionais no sistema cardiovascular.

O caso dos Hashira

O Pilar da Pedra, Gyomei Himejima, é citado como um exemplo agravante dessa teoria. Sendo um indivíduo corpulento, seu coração naturalmente demandaria mais esforço para bombear sangue. Somado a isso, a exposição ao veneno de Muzan Kibutsuji durante seus confrontos, mesmo que apenas traços, potencializaria os efeitos deletérios sobre sua saúde a longo prazo. É especulado que a morte de guerreiros mais velhos, como Gyomei, que sobreviveram a Muzan, ocorreria pouco tempo depois, como consequência inevitável do desgaste acumulado.

Essa perspectiva de uma condição médica preexistente, ou induzida pelo poder, ganha peso quando se considera o contexto temporal da narrativa. A medicina moderna, especialmente no que tange à cardiologia, só viria a desenvolver tratamentos eficazes para arritmias severas e monitoramento cardíaco aprofundado por volta das décadas de 1970 e 1980. Para os Caçadores de Demônios, em uma era pré-industrial avançada, não haveria meios de mitigar ou reverter os danos causados por um coração operando cronicamente em estado de emergência.

A Marca, portanto, não seria apenas um amplificador temporário de força, mas um catalisador para uma insuficiência cardíaca precoce, explicando a regra sombria dos 25 anos para aqueles que vestem o uniforme da organização de caça.