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Análise de recepção levanta questões sobre o tratamento de personagens no arco do castelo infinito

Críticas apontam inconsistência na construção de lutas e o desenvolvimento de vilões cruciais, como Kaigaku e Doma.

Analista de Mangá Shounen
03/11/2025 às 03:40
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Apesar do apreço geral pela animação de alta qualidade, a recente adaptação do arco narrativo do Castelo Infinito em Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) tem gerado debates focados na execução de sequências de luta e no desenvolvimento de certos antagonistas. Enquanto a fluidez visual é elogiada, alguns pontos cruciais na narrativa parecem ter perdido impacto no processo de transposição para a tela.

A Coreografia das Batalhas e o Foco Narrativo

A qualidade da animação é consistentemente um ponto forte, garantindo que as cenas de ação sejam visualmente espetaculares. Contudo, a eficácia dessas lutas parece variar dependendo dos combatentes envolvidos. Observa-se que o confronto anterior com Gyutaro, por exemplo, reteve um nível de tensão e engajamento que nem todas as batalhas subsequentes conseguiram replicar.

O Desenvolvimento de Kaigaku e Doma

Uma das maiores fontes de insatisfação reside no manejo de personagens cruciais, como Kaigaku. A aparição limitada do personagem, restrita a breves flashbacks antes do filme, afetou a conexão emocional do público com sua trajetória. Para muitos, a falta de tempo de tela significativo tornou seu arco superficial e, consequentemente, a relevância de sua participação no confronto pareceu reduzida, descrita por alguns como longa, enfadonha e desnecessária.

Situação semelhante é observada em relação a Doma. Embora ele tenha recebido um momento de destaque retrospectivo introduzido na terceira temporada, este flashback também foi percebido como insuficiente para construir a profundidade esperada para um vilão com tanta relevância na mitologia da organização. A construção de seu passado, embora triste, pareceu mais um dispositivo para encerrar seu arco rapidamente do que um aprofundamento substancial de sua motivação.

O Interesse em Akaza

Em contraste, o interesse pela luta envolvendo Akaza manteve-se elevado, justamente por ele ser um personagem já estabelecido e previamente explorado na trama. Embora sua batalha tenha sido esperada, a execução do seu próprio flashback, embora contivesse elementos dramáticos, não alcançou o nível de satisfação narrativa ideal. Percebeu-se que a sequência serviu primariamente como uma justificativa para sua eventual derrota, em vez de um desenvolvimento orgânico de seu antagonismo.

A experiência geral com o confronto no Castelo Infinito pendura-se na balança entre a excelência técnica da animação e certas escolhas de ritmo e priorização de desenvolvimento de personagens secundários ou vilões que já mereciam um tratamento mais robusto há mais tempo na produção baseada no mangá de Koyoharu Gotouge.

Fonte original

Tags:

#Animação #Batalha #Crítica #Kimetsu no Yaiba #Castelo Infinito

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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