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Análise das transformações do phoenix man: O antes e o depois da revisão de yusuke murata

A reinterpretação do vilão Phoenix Man na arte de Yusuke Murata gerou mudanças significativas em seus poderes e no desfecho da luta.

Analista de Mangá Shounen
25/10/2025 às 08:48
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A saga do Phoenix Man em One-Punch Man se consolidou como um dos arcos mais visuais e intensos do mangá, especialmente após as redesenhadas feitas pelo ilustrador Yusuke Murata. A versão revisada do personagem trouxe alterações notáveis em suas habilidades e no modo como foi finalmente derrotado, gerando um ponto de análise sobre a evolução de seu poder dentro da narrativa.

As Mudanças Estruturais no Design e Força

Inicialmente, o Phoenix Man original apresentava um design e um conjunto de poderes que, na primeira versão, eram considerados extremamente potentes. O foco principal estava na sua capacidade de ressurreição e na criação de subordinados zumbis que possuíam características de outros monstros eliminados. Esses minions eram, em sua encarnação inicial, uma ameaça avassaladora.

Com a reformulação promovida por Murata, houve um claro ajuste de poder. O foco da ameaça mudou. O Phoenix Man redesenhado manteve a essência da sua habilidade de regeneração, mas a manifestação de seus poderes e a letalidade de seus servos foram significativamente atenuadas. Enquanto a versão anterior sugeria uma longevidade de luta quase infinita devido à sua teimosia e renascimentos, a versão reprocessada parece ter uma escala de poder mais ajustada ao restante do universo da Associação de Heróis.

A Questão da Imortalidade e Derrota

Um dos pontos cruciais para entender a diferença entre as versões reside na mecânica de sua suposta imortalidade. Na primeira aparição, a capacidade de ressurgir após ser abatido era um pilar de sua defesa. Isso forçava os heróis a buscarem uma fraqueza estrutural ou mental para contê-lo permanentemente.

Na narrativa revisada, a maneira como a luta se desenrola muda. A versão original contava com a inteligência de Child Emperor utilizando tecnologia avançada, especificamente robôs de cócegas, para forçar o Phoenix Man a abandonar seu traje protetor, expondo-o a uma derrota definitiva. A necessidade de tal artifício sugere que o poder bruto do monstro era tal que a força física direta não era suficiente.

No entanto, o desfecho na versão redesenhada divergiu dessa tática tecnológica. Embora a mecânica final da sua derrota não envolva os 'tickle bots' da mesma forma, ou o resultado foi alcançado através de métodos diferentes, o tom sugere uma superação mais direta ou, pelo menos, uma revelação de vulnerabilidade intrínseca ao seu estado atualizado. A perda da OP dos zumbis e a simplificação de seu modo final indicam que o foco do confronto se deslocou da resistência infinita para uma batalha mais focada na força e estratégia direta contra o próprio Phoenix Man.

A análise das duas iterações do Phoenix Man oferece um olhar fascinante sobre o processo criativo de Yusuke Murata, onde a estética e a coerência de poder são refinadas para se encaixarem melhor no ritmo atual da obra principal, ajustando ameaças que poderiam, de outra forma, desequilibrar a escala de poder estabelecida.

Fonte original

Tags:

#Comparação #One Punch Man #Redraw #Poderes #Phoenix Man

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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