A ausência de regeneração na mão de sasuke com as células de hashirama: Uma inconsistência no poder de naruto?
A integração das células do Primeiro Hokage em Sasuke levantou expectativas sobre a cura do seu braço, gerando questionamentos sobre a lógica narrativa.
Um ponto de discussão recorrente entre os entusiastas da saga Naruto diz respeito ao braço esquerdo de Sasuke Uchiha após receber o enxerto de células do lendário Hashirama Senju. O procedimento, realizado para substituir o membro perdido durante a Quarta Grande Guerra Ninja, prometia não apenas a recuperação da funcionalidade, mas também o acesso a um poder regenerativo inigualável, característico do Mokuton (Estilo Madeira) associado ao Primeiro Hokage.
O dilema central reside na expectativa de que, mesmo que a quantidade de células transplantadas fosse mínima ou diluída no organismo de Sasuke, ela deveria, com o tempo, proporcionar algum grau de reparo ou regeneração tecidual visível, especialmente considerando o poder exponencial que estas células normalmente conferem aos receptores. No entanto, o braço transplantado de Sasuke, embora funcional e visualmente integrado ao seu chakra, permaneceu permanentemente danificado e sem a capacidade de se regenerar espontaneamente como ocorreu com o próprio Hashirama ou com outros personagens que utilizaram essa biomassa.
O Potencial Implícito vs. A Realidade Narrativa
As células de Hashirama são reconhecidas como um dos pilares de poder no universo ninja, sendo o principal fator por trás da longevidade e da força vital de Madara Uchiha, e o elemento chave no braço de Danzo Shimura. A premissa era que Sasuke, ao receber este material genético, garantiria uma recuperação total ou, no mínimo, uma resistência drástica a danos futuros, similar ao que foi observado com seu rival, Naruto Uzumaki, que se beneficiou de curas rápidas após receber o poder de Kurama.
A ausência de regeneração na mão de Sasuke pode ser interpretada sob diversas lentes analíticas. Uma linha de raciocínio sugere que o enxerto não estava ligado ao seu sistema celular da mesma forma que em outros receptores, ou que a rejeição parcial impediu a plena ativação do fator regenerativo. Outra perspectiva aponta para uma decisão puramente criativa do autor, Masashi Kishimoto, buscando manter uma cicatriz simbólica e permanente no personagem, representando os custos de sua jornada e dos caminhos que ele trilhou. A perda do braço representa o sacrifício final feito em nome da vingança e, posteriormente, da redenção.
Implicações no Poder de Sasuke
Apesar de não manifestar a regeneração celular explícita, o uso das células de Hashirama garantiu a Sasuke acesso a um novo nível de poder, notavelmente o domínio aprimorado do Rinnegan e o uso de técnicas baseadas em madeira, ainda que de forma limitada em comparação com o original. As células foram cruciais para estabilizar o poder ocular obtido através da fusão com o chakra de Hagoromo Ōtsutsuki, o Sábio dos Seis Caminhos.
Em suma, enquanto o potencial regenerativo das células de Hashirama é um fato estabelecido na mitologia ninja, a aplicação específica no membro perdido de Sasuke indica uma restrição narrativa intencional ou uma limitação biológica não totalmente detalhada. Este detalhe persiste como um fascinante ponto de interrogação sobre a distribuição e a manifestação dos poderes lendários no desfecho da jornada do último Uchiha.