Arte EM ALTA

Arte japonesa sombria ganha vida com a técnica de cianotipia e van dyke

Artista funde painéis icônicos de Berserk com processos fotográficos analógicos históricos, criando peças em tons de azul e marrom.

Analista de Mangá Shounen
01/12/2025 às 19:12
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Uma fascinante intersecção entre a arte sequencial sombria e a fotografia química antiga foi revelada através da aplicação das técnicas de cianotipia e Van Dyke em painéis icônicos da obra Berserk. Este trabalho artesanal transforma a dramática arte em preto e branco do mangá em peças tonais com coloração distinta, honrando a estética visual da fonte original.

A alquimia da imagem tátil

O processo criativo envolve uma abordagem química sofisticada, remontando a métodos fotográficos do século XIX. O artista empregou um negativo digital, que serviu de molde para a exposição inicial do papel tratado com a química Van Dyke. Este método, conhecido por produzir uma tonalidade marrom (sépia), estabelece a base da imagem.

Em seguida, sobre essa base, aplica-se a cianotipia. O processo de cianotipia, famoso por gerar imagens em azul vívido, é ativado pela luz solar. O negativo bloqueia a luz em áreas específicas, endurecendo a química na emulsão e solidificando a imagem final. O contraste entre o marrom do Van Dyke e o azul intenso da cianotipia resulta em uma profundidade visual única.

Desenvolvimento e retoque manual

Para refinar os detalhes e a nitidez das figuras complexas e das expressões faciais características de Berserk, o criador finaliza o trabalho com canetas coloridas. Este toque manual assegura que a intensidade dramática dos painéis originais de Kentaro Miura seja preservada, mesmo através das camadas de processos analógicos.

A cianotipia, historicamente, é um dos processos fotográficos mais acessíveis, exigindo apenas a química apropriada, papel de aquarela, peróxido de hidrogênio e, crucialmente, a luz do sol para a exposição. É um meio que permanece popular entre entusiastas da fotografia alternativa devido à sua relativa simplicidade de iniciação e aos resultados esteticamente marcantes.

A combinação desses processos centenários para interpretar o universo épico e sombrio de Berserk demonstra a versatilidade da arte analógica. Ao aplicar técnicas que envolvem a luz e a química para transpor uma narrativa digitalmente impressa, o artista cria objetos de arte tangíveis onde a escuridão do mangá é traduzida em sombras profundas de azul cobalto e tons terrosos, oferecendo aos admiradores uma nova perspectiva sobre as cenas memoráveis da saga.

Fonte original

Tags:

#Berserk #Cianotipia #Van Dyke #Arte Analógica #Processo Fotográfico

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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