Análise: Caminhos alternativos para a humanidade dos luas superiores em kimetsu no yaiba
Uma análise das circunstâncias trágicas que levaram os Luas Superiores a se tornarem demônios e os pontos de inflexão onde a salvação humana poderia ter ocorrido.
A jornada dos Luas Superiores, os demônios mais poderosos sob o comando de Muzan Kibutsuji em Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer), é marcada por tragédia, desespero e escolhas fatais. No entanto, uma análise detalhada das suas histórias de origem sugere que, para alguns membros deste círculo de elite, a transformação em demônios não foi um destino inevitável, mas sim o resultado de uma série precisa de eventos infelizes.
Observadores atentos do universo criado por Koyoharu Gotouge apontam que, em pelo menos três casos, a intervenção de circunstâncias externas ou a tomada de decisões ligeiramente diferentes poderiam ter preservado a humanidade desses indivíduos. Os nomes mais citados são Akaza (Hakuji), Gyutaro e sua irmã Daki (Ume).
Os Pontos de Inflexão da Tragédia
No caso de Akaza, o caminho para a escuridão foi pavimentado pela dor da perda e pela necessidade de retaliação. Se o dojo rival não tivesse envenenado o poço, a matança bárbara de seu mestre e sua noiva nunca teria ocorrido. Ou, alternativamente, mesmo após o massacre, se Hakuji tivesse conseguido evitar o encontro com Muzan naquela fase de extrema vulnerabilidade emocional, ele talvez pudesse ter encontrado um caminho para processar seu luto e raiva sem recorrer ao poder demoníaco.
A história de Gyutaro e Daki é intrinsecamente ligada. A sobrevivência de Ume era a maior motivação de Gyutaro. Se Daki não tivesse sido gravemente queimada e quase morta, impedindo-a de levar uma vida normal, é altamente provável que o encontro com Douma, que ofereceu a eles a transformação, fosse evitado. A promessa de poder para proteger a irmã o selou, mas sem o evento desencadeador da quase morte de Ume, esse pacto poderia não ter sido necessário.
Dúvidas sobre os Demônios Mais Distantes da Humanidade
Para os outros membros, o caminho para a transformação pareceu mais calcificado pelas suas características psicológicas e sociais na vida humana, conforme sugerido em análises da obra.
- Michikatsu (Lua Superior Um): Sua ruína é frequentemente ligada ao ciúme corrosivo e à rivalidade não resolvida com seu irmão gêmeo, Yoriichi Tsugikuni. Embora ele tenha percebido tarde que seu desejo era se igualar, e não superá-lo, a aceitação de sua própria mediocridade, em comparação com Yoriichi, pode ter sido um caminho diferente. Contudo, sua ambição o tornou um alvo ideal para Muzan.
- Douma (Lua Superior Dois): A infância de Douma foi marcada por pais com crenças extremas, que o forçaram a um papel quase messiânico numa seita. Essa criação anormal atrofiou seu desenvolvimento emocional, resultando numa persona quase vazia e incapaz de sentir empatia genuína, tornando-o psicologicamente predisposto à crueldade que o demônio exige.
- Hantengu: Descrito prevalentemente como um criminoso incorrigível, sua natureza destrutiva já estava bem estabelecida antes de se tornar um demônio, indicando pouca chance de redenção ou desvio no seu caminho humano.
- Gyokko: O Lua Superior Cinco apresentava uma inclinação macabra até mesmo como humano, praticando a arte grotesca de transformar cadáveres em esculturas. Sua depravação parece ser um traço inerente, solidificando sua transformação em algo quase inevitável dadas as suas tendências.
Esses cenários hipotéticos abrem portas para fascinantes especulações sobre como a narrativa de Kimetsu no Yaiba se desenrolaria se o fio do destino em momentos cruciais tivesse se rompido de outra forma, poupando o mundo de alguns de seus antagonistas mais cruéis e poderosos.