Os destinos de kotetsu e haganezuka após a batalha final em kimetsu no yaiba

Ainda há dúvidas sobre o futuro dos ferreiros mestres de Demon Slayer após o clímax da obra.

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Analista de Mangá Shounen

28/10/2025 às 08:06

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Os destinos de kotetsu e haganezuka após a batalha final em kimetsu no yaiba

O épico final de Kimetsu no Yaiba, a aclamada obra de Koyoharu Gotouge, trouxe o desfecho de inúmeros arcos e a redenção de vários personagens. No entanto, junto com a celebração da vitória, surgem naturalmente questões sobre o destino daqueles que serviram de apoio essencial aos Caçadores de Demônios, mas cujas jornadas não foram detalhadas no epílogo. Entre os mais curiosos estão os ferreiros, figuras centrais na manutenção do poder dos guerreiros.

O silêncio sobre os ferreiros

O foco narrativo, após o confronto derradeiro contra Muzan Kibutsuji, recai sobre Tanjiro, Nezuko e os Pilares remanescentes. Consequentemente, os ferreiros, como Tetsuido Haganezuka, famoso por sua máscara de Tengu e seu entusiasmo quase obsessivo por seu trabalho, e o jovem Kotetsu, que auxiliava Tanjiro com as espadas, tiveram seu paradeiro deixado em aberto no que diz respeito ao cenário pós-guerra.

A importância desses artesãos é inegável. A habilidade de forjar lâminas Nichirin, o único material capaz de ferir demônios, coloca-os na linha de frente da produção bélica. Para ferreiros como Haganezuka, cuja dedicação é comparável à intensidade dos próprios caçadores, é intrigante imaginar o que acontece à sua vocação quando a ameaça demoníaca é erradicada.

O futuro da tradição

A ausência de menções explícitas sugere que, para o elenco de apoio que não fazia parte do corpo de Caçadores, a vida retornou à sua normalidade, ou a uma nova normalidade pós-guerra. Kotetsu, por exemplo, demonstrou grande admiração por Tanjiro e um desejo de crescer em sua arte. É plausível que ele tenha continuado seu aprendizado, talvez supervisionando a produção de lâminas para a próxima geração de espadachins, caso a habilidade de forjar Nichirin permaneça uma arte exclusiva e necessária.

Por outro lado, Tetsuido Haganezuka é retratado como um artista dedicado ao extremo, quase um gênio temperamental. A paz completa pode ter trazido um desafio diferente para ele: a falta de urgência. A narrativa frequentemente explora como a ameaça dos demônios moldava as personalidades mais excêntricas. Sem a urgência constante de repor espadas quebradas em intensas batalhas, Haganezuka poderia ter se dedicado a aprimorar técnicas de forja ou, talvez, relaxado sua obsessão, buscando um equilíbrio que lhe tirasse a máscara protetora habitual.

A tradição de fabricação de espadas, mantida por gerações, provavelmente continuará, mas sob novas diretrizes. Se o Japão das séries de Era Taishō embarcar em um período de modernização acelerada após a queda dos demônios, o papel destes ferreiros pode evoluir de artesãos de guerra para guardiões de uma herança cultural singular. A natureza da obra prefere focar na superação pessoal e no sacrifício, deixando os aspectos de reconstrução social e profissional para a imaginação do leitor, um convite sutil à reflexão sobre o que resta após o fim de uma longa guerra.

An

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.