O dilema de migrar do anime hunter x hunter para o mangá após a 32ª edição

Fãs de Hunter x Hunter se perguntam sobre o salto direto para o volume 32 do mangá devido à pausa do anime.

Fã de One Piece
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14/11/2025 às 12:46

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A popularidade duradoura de Hunter x Hunter, uma obra aclamada por sua complexidade narrativa e profundidade de personagens, coloca muitos de seus admiradores em uma encruzilhada: como continuar a história após o término da adaptação animada?

Para aqueles que consideram HxH seu anime favorito, mas mantêm alguma hesitação em migrar para o formato mangá, a questão central reside na viabilidade de iniciar a leitura diretamente no volume 32. Este ponto específico marca o início de arcos narrativos subsequentes à última adaptação para a TV, deixando os leitores ávidos por mais conteúdo sem uma ponte clara.

A pausa na animação e a busca por continuidade

A série criada por Yoshihiro Togashi já passou por longos períodos de hiato na publicação do mangá, e a adaptação animada mais recente, embora aclamada pela crítica por sua fidelidade e qualidade de produção, não conseguiu cobrir todo o material disponível. Consequentemente, a decisão de avançar para a leitura dos capítulos impressos torna-se, para muitos, um ato necessário para saciar a curiosidade sobre o desenvolvimento da trama.

O salto para o volume 32, especificamente, é significativo. Ele coloca o leitor no meio do arco da 13ª Associação de Caçadores/Eleição Presidencial. Este arco é notório por sua intensa carga política, reviravoltas estratégicas e o desenvolvimento de personagens secundários que ganham proeminência inédita. Para um fã acostumado com a fluidez e a trilha sonora do anime, adaptar-se ao ritmo visual e à arte sequencial desenhada pode ser o principal obstáculo inicial.

Comparando caminhos: Outras obras em consideração

Interessantemente, a hesitação em mergulhar no mangá de Hunter x Hunter frequentemente se assemelha a dilemas enfrentados por leitores de outras grandes franquias igualmente impactantes. Obras como Berserk, Vinland Saga e Attack on Titan (AOT), todas com histórias complexas e adaptações animadas que eventualmente alcançaram seus limites, também geram discussões sobre a melhor forma de experienciar o restante da narrativa.

No caso de Berserk, por exemplo, a migração para o mangá é quase obrigatória devido à profundidade da arte de Kentaro Miura e à grandiosidade da história, mesmo sendo uma experiência melancólica. Vinland Saga, por outro lado, após sua adaptação no Wit Studio, oferece uma continuação que explora temas de violência e pacifismo com uma maturidade notável.

A qualidade do material original de Togashi

Ao analisar se vale a pena o investimento de tempo e dinheiro nos volumes, críticos apontam que o mangá de Hunter x Hunter, apesar de sua natureza esporádica, mantém um padrão de escrita excepcional. A fase posterior à adaptação animada aprofunda as mecânicas complexas do Nen e introduz narrativas que testam os limites morais dos protagonistas de maneiras que poucos outros mangás de aventura ousam fazer. Quem decide continuar a partir do volume 32 está, essencialmente, entrando em uma das partes mais densas e politicamente carregadas da jornada de Gon e Killua.

A decisão final depende da predisposição do espectador em aceitar a mudança de meio, trocando a experiência audiovisual vibrante pela leitura crua e ininterrupta do traço de Togashi, uma troca que pode recompensar com a continuação de uma das maiores sagas de aventura da história dos quadrinhos japoneses.

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Fã de One Piece

Entusiasta dedicado da franquia One Piece com foco em análise de conteúdo e apreciação de comédia e desenvolvimento de personagens. Experiência em fóruns especializados e discussões temáticas sobre o mangá/anime.