Dilema moral em naruto: Hanzo ou hiruzen, quem carrega maior peso de reprovação da audiência?

O universo de Naruto é vasto em histórias de conflito, mas certas figuras históricas continuam a gerar intensa reavaliação moral entre os apreciadores da obra. Recentemente, a análise se concentrou em determinar qual personagem carrega o fardo maior da reprovação pública: Hanzo das Salamandras ou Hiruzen Sarutobi, o Terceiro Hokage.

A crítica voltada a Hanzo geralmente se fundamenta em suas ações diretas durante os períodos de guerra e instabilidade de poder em Amegakure. Ele é lembrado por atos de extrema crueldade e tirania, frequentemente motivados pelo medo de perder sua posição como líder supremo da Vila Oculta da Chuva. Sua tirania e a repressão violenta a qualquer sinal de oposição moldaram uma imagem de vilão frio e calculista, cujas decisões custaram a vida de muitos ninjas, independentemente de suas afiliações.

O Papel da Omissão: A Crítica a Hiruzen Sarutobi

Por outro lado, a condenação dirigida a Hiruzen Sarutobi não se baseia primariamente em sua maldade intrínseca, mas sim em sua inação ou falha em prevenir atrocidades maiores. A comunidade de análise aponta que, como líder de uma das Cinco Grandes Nações Shinobi, e com sua vasta experiência e poder, Sarutobi deveria ter exercido maior influência ou intervenção contra os excessos de líderes regionais como Hanzo.

A questão central com Hiruzen é a responsabilidade de omissão. Por que o poder de Konohagakure, sob sua liderança, não foi mais efetivo em desmantelar sistemas de repressão que se perpetuavam sob a sombra da política ninja? Enquanto Hanzo é condenado pelo que fez, Hiruzen é frequentemente julgado pelo que permitiu que acontecesse ao seu redor, especialmente em contextos de conflito que transcendiam as fronteiras imediatas de sua vila.

Um ponto de comparação relevante reside na percepção de autoridade. Hanzo detinha poder absoluto e o usou para oprimir. Hiruzen possuía a autoridade moral e política, mas falhou em traduzir isso em ações corretivas significativas em momentos cruciais da história da Vila da Folha e seus arredores, criando um legado manchado pela complacência ou pela cegueira política, segundo os críticos.

A extensão da impunidade de Hanzo, permitida em parte pela dinâmica política da época e pela falta de pressão contrária, torna a comparação inescapável. Se um tirano age livremente, a audiência frequentemente busca responsabilizar a autoridade superior que tinha a capacidade, mas não a vontade, de intervir. Este paradigma força uma análise profunda sobre o que significa ser um líder em um mundo de ninjas, balanceando a soberania de cada vila com a necessidade de justiça global dentro do universo de Masashi Kishimoto.