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A dualidade na saga naruto: A escrita de batalhas questionável versus momentos cômicos do arco da guerra

A Quarta Guerra Mundial Shinobi em Naruto é marcada por dilemas na narrativa, balanceando a falta de tensão dramática com alívios cômicos inesperados entre os zumbis e as Forças Aliadas.

Analista de Anime Japonês
09/11/2025 às 15:30
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A Quarta Guerra Mundial Shinobi em Naruto, um dos arcos finais da aclamada série de Masashi Kishimoto, é frequentemente vista através de lentes polarizadas. Observadores recentes que revisitam a saga apontam uma falha estrutural crucial na construção dos confrontos contra os Shinobi reanimados pelo Edo Tensei.

O cerne da crítica reside na previsibilidade e na baixa aposta inerente a estas lutas. Quando inimigos ressurgidos ativamente revelam suas fraquezas e, em alguns momentos, parecem cooperar com as Forças Aliadas Shinobi, a tensão dramática inerente a uma batalha de proporções globais se esvai. Essa abordagem é interpretada por muitos como um recurso narrativo conveniente, mas preguiçoso, que compromete o peso emocional dos embates.

O Esvaziamento Emocional dos Reencontros

Inicialmente, o uso dos personagens mortos, como Asuma Sarutobi, deveria gerar momentos pungentes. Contudo, a lógica narrativa sugere que, tendo o público já vivenciado a dor da perda inicial, um segundo adeus possui um impacto diluído. O confronto de Asuma e Choji Akimichi é citado como um exemplo onde o desenvolvimento do personagem sobrevivente foi o principal beneficiário, mais do que o drama da batalha em si.

Situações semelhantes ocorreram com Itachi Uchiha. Embora seu reencontro com Sasuke no clímax da guerra contra Kabuto possa ter ressonância para fãs devotados, para o observador casual, a seriedade da luta final é questionável, dada a natureza do inimigo central (Kabuto Yakushi) e a forma como os revividos são manipulados.

O Contraponto Cômico: Alívio em Meio ao Caos

Paradoxalmente, onde falha o drama das batalhas, emerge um inesperado tesouro de comédia. A interação entre os Shinobi reanimados e as forças aliadas proporciona momentos de alívio cômico que quebram a monotonia da narrativa de alta aposta. Um exemplo notável é o diálogo supostamente duro entre Gaara e seu pai reanimado, que surpreende ao questionar de forma brusca a existência de amigos para o Kazekage.

Outras fontes de humor incluem os diálogos entre os Kage revividos, especialmente a interação entre o Quinto Mizukage e o Kage envolto em bandagens (o Terceiro Raikage, em alguns contextos de diálogo). Personagens conhecidos por seu carisma cômico, como Deidara, mantêm sua capacidade de entreter mesmo em seu estado não-vivo, sublinhando que a narrativa, apesar de seus defeitos estruturais, não perdeu seu toque de leveza.

Em suma, a Fase da Guerra Shinobi é percebida como um período narrativamente arrastado e repleto de conveniências até a chegada de antagonistas de peso como Madara Uchiha e o subsequente confronto entre Kakashi e Obito. No entanto, os intermezzos inesperadamente engraçados atuam como um poderoso antídoto contra a previsibilidade das sequências de combate.

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Tags:

#Comédia #Naruto #Crítica de Anime #Arco da Guerra Ninja #Reencarnados

Analista de Anime Japonês

Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.

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