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Empresa de infraestrutura de internet é considerada responsável por dar suporte a sites de pirataria de mangá e multada em us$ 3,3 milhões

Uma gigante da tecnologia de infraestrutura de internet foi julgada responsável por facilitar a distribuição de conteúdo protegido por direitos autorais, resultando em uma penalidade financeira substancial.

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Uma recente decisão judicial trouxe à tona o papel fundamental de empresas fornecedoras de serviços de infraestrutura de internet no ecossistema da pirataria digital. Uma grande corporação de serviços de rede, conhecida por oferecer soluções de segurança e desempenho web, foi considerada legalmente responsável por dar suporte contínuo a diversos sites focados na distribuição não autorizada de mangás.

A determinação judicial impôs uma multa significativa à empresa no valor de 3,3 milhões de dólares. Este valor reflete a alegação de que, apesar de ciente da natureza infratora do conteúdo hospedado ou protegido pelos sites que utilizavam seus serviços, a companhia falhou em tomar medidas drásticas a tempo, permitindo a proliferação da violação de direitos autorais de obras japonesas.

A complexidade do papel das provedoras de infraestrutura

O cerne da questão reside na dificuldade regulatória e na escala operacional de empresas que fornecem serviços essenciais como Content Delivery Networks (CDNs) e proteção contra ataques de negação de serviço (DDoS). Essas ferramentas são vitais para a operação de qualquer site moderno, mas, quando utilizadas por plataformas ilegais, tornam-se escudos contra a remoção rápida de conteúdo.

A defesa dessas corporações geralmente se baseia em seu papel como meras transportadoras ou provedoras de infraestrutura neutra. Contudo, o tribunal parece ter acatado o argumento dos detentores dos direitos autorais de que a continuidade do serviço, mesmo após notificações claras sobre a ilegalidade, configura cumplicidade ou, no mínimo, negligência grave na aplicação de suas próprias políticas de uso aceitável.

Implicações para a distribuição de mangá

A indústria de mangá e anime, especialmente no Japão, tem lutado intensamente contra a pirataria, que desvia receitas cruciais dos criadores e das editoras. A pirataria de mangás é particularmente notória pela rapidez com que os capítulos mais recentes são escaneados, traduzidos amadoramente e disponibilizados online, muitas vezes poucas horas após o lançamento oficial.

Esta condenação estabelece um precedente importante sobre a responsabilidade estendida. Ela sugere que fornecedores de infraestrutura de alto nível podem enfrentar consequências financeiras graves se não demonstrarem diligência proativa em suspender o acesso de infratores reincidentes. A quantia de US$ 3,3 milhões serve como um alerta para todo o setor de serviços web sobre o equilíbrio entre manter uma rede aberta e combater ativamente atividades ilegais que prejudicam indústrias criativas.

A discussão agora se volta para como essas empresas de infraestrutura podem refinar seus mecanismos de aplicação de políticas sem comprometer a liberdade de expressão ou impor barreiras excessivas para sites legítimos, enquanto protegem agressivamente os artistas e editoras de mangá contra a exploração não autorizada de suas propriedades intelectuais.

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#Mídia Digital #Direitos Autorais #Cloudflare #Pirataria de Manga #Multa

Analista de Webtoons e Direitos Autorais

Especialista em análise de propriedade intelectual (IP) de webtoons coreanos, com foco em verificação de autenticidade de criadores e plataformas digitais como KakaoPage. Foca em relatar discrepâncias e desinformação com base em evidências legais ...

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