A aparente falha de memória de naruto após derrotar nagato gera debate sobre consistência narrativa

A jornada de Naruto Uzumaki no universo de Naruto Shippuden é marcada por desenvolvimentos extraordinários de poder e superação. No entanto, um momento crucial após a derrota de Nagato, o líder do caminho da Dor, reacendeu um debate sobre a consistência da narrativa do anime.

O ponto central da questão reside no período imediatamente posterior ao primeiro confronto decisivo. Após Naruto subjugar Nagato e se preparar para reviver todos aqueles que morreram durante o ataque a Konoha, Konan havia reconhecido que o Hokage em treinamento havia, de fato, dominado os poderes dos Seis Caminhos de Nagato.

O Retorno Inesperado ao Ponto de Partida

A confusão surge em um episódio subsequente, especificamente no episódio 299 da animação. Neste arco, Naruto parece lutar contra Nagato novamente, mas age como se estivesse descobrindo as capacidades dos Seis Caminhos pela primeira vez, deduzindo suas habilidades em tempo real. Essa aparente amnésia na hora de aplicar um poder recentemente adquirido contrastou fortemente com a afirmação anterior de Konan sobre seu domínio.

A premissa levantada é se este evento específico constitui um deslize da equipe de animação, um erro de continuidade que passou despercebido durante a produção, ou se há uma interpretação mais sutil dentro da construção psicológica do personagem Naruto.

Análise da Continuidade Narrativa

Em histórias de longa duração, como as adaptações de mangás para a televisão, mesmo pequenos lapsos na manutenção de poderes ou conhecimentos adquiridos pelos protagonistas podem chamar a atenção do público mais dedicado. A aquisição dos Seis Caminhos de Pain é um marco divisor de águas para Naruto, significando um salto dimensional em termos de habilidade de combate, especialmente pela capacidade de usar técnicas que não eram originalmente suas.

Se for considerado um erro de roteiro, ele enfraquece brevemente a percepção do crescimento do personagem, pois um poder tão fundamental deveria estar integrado ao seu repertório imediato, especialmente em um momento de perigo iminente. A habilidade de Nagato de controlar os múltiplos corpos através dos Caminhos, que Naruto temporariamente absorveu, era uma ferramenta tática complexa, e a aparente necessidade de reaprender a usá-la parece artificial.

Por outro lado, há quem defenda a ideia de que essa hesitação reflete a própria natureza de Naruto. O personagem é frequentemente retratado como alguém que prefere depender de suas próprias forças e convicções, em vez de adotar integralmente técnicas emprestadas ou baseadas em poder alheio. A lentidão em empregar totalmente os poderes dos Seis Caminhos poderia ser vista como uma hesitação moral ou tática de Naruto Uzumaki, que sempre busca o caminho da honra e da superação direta, como detalhado em análises sobre o desenvolvimento de seu chakra e seu modo de luta.

Independentemente da intenção original dos criadores, o episódio serve como um caso estudado no universo de Naruto sobre como os poderes temporariamente adquiridos se encaixam no desenvolvimento contínuo de um herói que lida constantemente com novas responsabilidades e transformações de poder.