A forja de chrollo: A morte de sarasa foi um acidente trágico ou um design calculado pelos anciãos de meteor city?

O surgimento de Chrollo Lucilfer, líder da notória Trupe Fantasma, no universo de Hunter x Hunter, é frequentemente atribuído a eventos traumáticos. No entanto, uma análise aprofundada dos primeiros dias da Trupe em Meteor City aponta para uma teoria mais sombria: a morte de Sarasa pode não ter sido apenas uma tragédia, mas sim um evento intencionalmente orquestrado pelos líderes da cidade para moldar Chrollo.

Inicialmente, Chrollo é apresentado como uma criança promissora, inteligente, com facilidade para aprender idiomas e um senso de empatia notável, chegando a visitar os túmulos de outras crianças falecidas. Um padre da igreja local percebe esse potencial e sugere aos anciãos de Meteor City que convidassem o jovem para suas reuniões. A resposta dos líderes da cidade revela uma mentalidade pragmática e utilitária: eles buscavam alguém capaz de resolver os problemas endêmicos da cidade.

O vetor da transformação

A premissa central dessa investigação é o que aconteceria se os anciãos, reconhecendo o brilho de Chrollo, decidissem ativamente transformá-lo em uma ferramenta para Meteor City. O que faltava nesse garoto gentil era a capacidade para o mal, necessária para sobreviver e prosperar em um ambiente tão brutal. Um menino com talento, carisma e uma profunda ferida emocional, que clama por vingança contra a traição do mundo, seria o candidato ideal para ser cultivado.

Neste contexto, o momento exato da morte de Sarasa torna-se suspeito. Em uma cidade onde o sequestro de crianças era uma ameaça constante e todos estavam em alerta máximo, o desaparecimento da mais jovem e protegida do grupo, sem que seus cuidadores notassem, sugere mais do que simples negligência. Embora a cultura permissiva de Meteor City possa aceitar a negligência, a maneira como Sarasa desapareceu levanta questões mais profundas.

A isca conveniente

O fator mais inusitado é a narrativa sobre o local do desaparecimento: uma pilha de fitas de vídeo perto da floresta. Em Meteor City, um local onde crianças e idosos vasculham montes de lixo diariamente em busca de suprimentos, é extremamente improvável que uma criança mais nova, como Sarasa, fosse a primeira a descobrir um tesouro isolado desse tipo, especialmente em uma área perigosa.

A descrição das tarefas do grupo, como Sarasa ter trocado seu turno de coleta de lixo com outros membros - Phinks e Shal - baseada em roteiros de dublagem para um programa infantil, indica que mesmo essas tarefas eram rigidamente regulamentadas, provavelmente sob alocação dos próprios anciãos. Se os anciãos controlavam a alocação de tarefas, seria plausível que eles tivessem convencido Sarasa a procurar algo específico perto da Floresta Uga.

A conclusão alarmante é que a pilha de fitas de vídeo, muito provavelmente, nunca existiu; foi uma isca. Uma criança confiante, ansiosa por agradar e profundamente ligada ao grupo, como Sarasa, acreditaria sem questionar um comando vindo de uma figura de autoridade, como um ancião, para ir a um local isolado.

O propósito da engenharia social

A morte de Sarasa funcionando como catalisador seria a chave para forjar a liderança implacável de Chrollo. Sem um trauma profundo, o jovem não se tornaria o líder da Trupe Fantasma. A perda de Sarasa serviu para remodelar sua visão de mundo, injetar raiva justa, fornecer justificativa moral para atacar forasteiros e cimentar a união do grupo em torno de um mártir ideológico.

Os anciãos não precisariam executar o sequestro diretamente. Bastaria engenharia de circunstâncias. A negligência da cidade pode ter sido um fator, mas combinada com a localização e o momento precisos, aponta para um direcionamento sutil. Eles apenas empurraram os eventos o suficiente para garantir que Sarasa fosse isolada e vulnerável aos traficantes, permitindo que a inocência de Chrollo fosse consumida, transformando-o na arma que Meteor City necessitava para se proteger dos perigos externos.