Análise: O impacto de um genjutsu de madara sobre hashirama senju durante o vale do fim

A icônica e trágica batalha final entre Uchiha Madara e Senju Hashirama no Vale do Fim é um marco fundamental na história do universo Naruto. Este confronto definitivo redefiniu o equilíbrio de poder entre os ninjas e selou o destino das suas vilas. Contudo, uma questão alternativa de enredo frequentemente surge entre os entusiastas: o que aconteceria se Madara tivesse empregado suas habilidades de genjutsu, de forma semelhante à técnica utilizada por Itachi Uchiha, sobre seu eterno rival?

Hashirama, o Sábio dos Shinis, é mundialmente reconhecido por sua força vital incomparável e seu domínio sobre as técnicas de Liberação de Madeira. Sua resistência a ataques físicos e ninjutsu era lendária. Entretanto, sua imunidade a ilusões complexas, especialmente aquelas baseadas nos olhos do clã Uchiha, como o Mangekyō Sharingan ou o lendário Rinnegan, nunca foi explicitamente confirmada como absoluta.

A conveniência tática do enredo

Durante o confronto épico, Madara utilizou todo o seu arsenal, incluindo o Susano'o na forma completa e a invocação da Nove-Caudas. A ausência de uma tentativa direta com genjutsu de alto nível é interpretada por alguns analistas como uma conveniência narrativa, garantindo que a luta se desenrolasse em um espetáculo de força bruta, conforme esperado de seus respectivos legados. A rivalidade deles era baseada na filosofia de poder e percepção do mundo ninja, um tema poderoso que precisava de um clímax físico.

Mas, se Madara tivesse optado por uma abordagem mais sutil, como um *genjutsu* projetado para explorar o trauma psicológico de Hashirama - talvez revivendo sonhos de paz ou, inversamente, o caos do mundo que eles tentavam construir -, o desfecho poderia ter mudado drasticamente. Um genjutsu potente ativado no momento certo poderia anular a capacidade de Hashirama de invocar o imenso poder de seu *Mokuton*.

O poder do Mangekyō Sharingan contra o Sábio dos Shinis

Madara, mesmo antes de obter o Rinnegan, possuía o Mangekyō Sharingan ativo, uma ferramenta capaz de criar ilusões incrivelmente realistas e convincentes. Aplicar tal técnica em Hashirama, que confiava profundamente em sua visão e em sua percepção da realidade compartilhada com o amigo desde a infância, criaria um paradoxo mortal. Hashirama sempre lutou pela compreensão mútua, e ser forçado a lutar contra uma versão idealizada ou distorcida das suas lutas passadas, facilitada pelo *genjutsu*, poderia paralisá-lo.

A capacidade de Madara de manter o controle sobre a percepção de Hashirama por tempo suficiente para desferir um golpe decisivo é o cerne desta conjectura. Se o objetivo de Madara fosse vencer o duelo e provar a superioridade de sua visão sobre o mundo, o *genjutsu* seria a ferramenta mais direta para desmantelar a determinação de Hashirama, provando que mesmo a vontade mais forte pode ser manipulada pela arte da ilusão. A complexidade dessa batalha, muitas vezes resumida a jutsus elementais, ganha uma nova camada de profundidade ao considerar a guerra psicológica que poderia ter sido travada no plano mental.