O hipotético despertar de muzan kibutsuji na era moderna: Um cenário de caos com as antigas técnicas de respiração esquecidas
A possibilidade de Muzan e suas Luas Superiores emergirem hoje, com o mundo sem conhecimento sobre a caça aos demônios, levanta questões sobre a sobrevivência humana.
Um fascinante exercício de especulação dentro do universo de Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) explora um cenário intrigante: e se Muzan Kibutsuji, junto com suas Luas Superiores e todos os outros demônios, permanecesse oculto em seu castelo até a era moderna?
Nesta linha do tempo alternativa proposta, a tecnologia avançada e a globalização do século XXI contrastam drasticamente com a existência documentada dos Caçadores de Demônios do período Taishō. O ponto central da análise reside no fato de que, no presente, as Técnicas de Respiração, pilares da defesa humana contra o mal ancestral, estão completamente esquecidas. A crença popular moderna sustenta que demônios não passam de lendas do folclore japonês.
O Despertar de um Novo Terror
Se Muzan decidisse liberar sua legião de criaturas na sociedade contemporânea, o impacto inicial seria de negação e confusão generalizada. Diferente do início da era Taishō, onde a organização dos Caçadores de Demônios, mesmo que secreta, possuía métodos estabelecidos, hoje a humanidade não teria um protocolo formal para lidar com predadores sobrenaturais que se regeneram e possuem força sobre-humana.
O primeiro contato da população com os demônios provavelmente seria registrado por dispositivos móveis, resultando em uma proliferação imediata de vídeos e relatos chocantes, inicialmente descartados como fake news ou efeitos especiais elaborados. A dificuldade em aceitar a realidade da ameaça seria o maior obstáculo inicial, permitindo que os demônios, liderados pelas Luas Superiores, estabelecessem territórios de caça com relativa facilidade.
A Fragilidade da Defesa Moderna
A ausência das Técnicas de Respiração representa um abismo de vulnerabilidade. Ataques balísticos convencionais, mesmo com o poder de fogo das forças de segurança globais, seriam ineficazes contra a regeneração quase instantânea dos demônios mais poderosos, como as Luas Superiores. A estratégia de Muzan, que no mangá se baseava em se esconder pacientemente, ganharia uma camada adicional de eficácia na quietude da era digital. Ninguém procuraria fisicamente por uma ameaça que a ciência insiste em classificar como impossível.
A revelação da existência do mal de forma abrupta forçaria governos e agências especializadas a improvisar rapidamente. A recuperação ou o redesenvolvimento das antigas técnicas de respiração, que dependem de um treinamento rigoroso e uma condição física extrema, seria um processo lento e árduo. Enquanto isso, a tecnologia, embora poderosa no campo da vigilância e da comunicação, falharia em oferecer uma solução imediata contra a força pura e sobrenatural dos servos de Muzan.
O cenário sugere um retorno a um estado de pânico primitivo, mascarado pela infraestrutura tecnológica. O destino da humanidade dependeria não de mísseis ou de inteligência artificial, mas da capacidade de redescobrir os segredos perdidos da esgrima aprimorada pelo uso de energia vital, defendendo-se de algo que o mundo moderno sequer admite que existe, como explorado em profundidade no arco narrativo original da série de Koyoharu Gotouge.
Analista de Mangá Shounen
Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.