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A controvérsia da misericórdia: Por que itachi não usou genjutsu para poupar sasuke

A alternativa de usar o Tsukuyomi para Sasuke, em vez do massacre, levanta questões éticas e de misericórdia na história de Naruto.

Analista de Anime Japonês
15/11/2025 às 19:28
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A tragédia envolvendo os irmãos Uchiha, Itachi e Sasuke, é um dos pilares emocionais da narrativa de Naruto. Um ponto recorrente de análise entre os fãs dessa obra de Masashi Kishimoto reside na decisão tomada por Itachi durante a Noite do Massacre do Clã Uchiha, especificamente a alternativa que ele poderia ter escolhido para lidar com seu irmão mais novo.

A discussão se aprofunda ao observar o uso posterior do Tsukuyomi por Itachi em uma figura secundária, Izumi. Neste evento, Itachi submeteu Izumi a um poderoso genjutsu onde ela era capaz de viver uma vida completa, experimentar o envelhecimento e morrer pacificamente em seus braços, tudo isso ocorrendo em um instante do mundo real. Esta demonstração de poder e aparente misericórdia em preservar a sanidade de alguém levanta um questionamento inevitável: por que tal método não foi aplicado a Sasuke?

O paradoxo da crueldade calculada

Se Itachi tivesse a capacidade de criar uma realidade alternativa onde Sasuke vivesse uma vida plena, ainda que ilusória, e morresse pacificamente por velhice, isso teria sido, inegavelmente, um ato de maior clemência do que o trauma real que ele infligiu. O caminho escolhido por Itachi forçou Sasuke a suportar a dor da mentira contada sobre o massacre e a subsequente obsessão por vingança, um fardo que culminou em atos destrutivos e um ciclo de sofrimento.

A alternativa do genjutsu permanente seria menos controversa dado o resultado final da trajetória de Sasuke no cânone principal. Ao forçar Sasuke a reviver a morte dos pais repetidas vezes, Itachi garantiu que o jovem não apenas odiasse o irmão, mas se tornasse forte o suficiente, por meio de sua raiva, para eventualmente confrontá-lo e, teoricamente, vingar o clã. A escolha canônica priorizou o futuro fortalecimento de Sasuke sobre sua paz mental imediata.

Implicações estratégicas e morais

A recusa em usar o Tsukuyomi para Sasuke pode ser vista sob duas lentes. Primeiro, a estratégica: Itachi precisava que Sasuke se tornasse um ninja poderoso, um destino que a dor absoluta pareceu ser o único catalisador eficaz. Segundo, a moral e psicológica: viver uma mentira, mesmo uma gentil, poderia ter sido visto por Itachi como uma traição final ao verdadeiro espírito Uchiha ou, ironicamente, uma forma ainda mais profunda de aprisionamento emocional.

A missão de Itachi era complexa, envolvendo a segurança da aldeia de Konoha, a preservação de seu irmão e a manutenção da paz frágil entre as nações. Analisar a possibilidade de um 'final feliz ilusório' para Sasuke expõe a crueldade necessária que os agentes de paz, no universo de Naruto, às vezes sentem a obrigação de exercer para evitar um mal maior. O legado de Itachi permanece marcado pela dor autoimposta, mas a existência de métodos alternativos, como o usado em Izumi, força a audiência a reavaliar a natureza de sua suposta 'misericórdia'.

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Tags:

#Naruto #Itachi #Sasuke #Tsukuyomi #Massacre do Clã Uchiha

Analista de Anime Japonês

Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.

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