Análise: A lógica por trás da ausência de armas lendárias no legado de itachi a sasuke

A complexa relação entre os irmãos Uchiha, Itachi e Sasuke, continua sendo um dos pilares narrativos mais debatidos do universo Naruto. Uma das questões recorrentes entre os fãs diz que diz respeito à decisão de Itachi de manter as armas lendárias e outros artefatos poderosos longe do alcance de seu irmão mais novo, especialmente considerando o aparente sacrifício de todo o seu ser para protegê-lo.

O peso do arsenal de Itachi

Itachi Uchiha, antes de seu sacrifício contra Sasuke, era o detentor de um poder imenso e um arsenal de jutsus e ferramentas que poucos podiam igualar. Entre esses itens, destacam-se as armas imbuídas de chakra especial, frequentemente aludidas como armas lendárias no cânone por seu potencial destrutivo e a necessidade de habilidade específica para manejá-las sem sofrer consequências.

O cerne da polêmica reside no fato de que, se o amor paternal de Itachi por Sasuke era genuíno e sua única motivação era garantir a sobrevivência e o futuro do clã através dele, por que não transferir equipamentos que poderiam ter servido como proteção imediata ou como catalisadores para seu rápido desenvolvimento de poder? A resposta parece mergulhar nas minuciosidades do plano de Itachi, que exigia que Sasuke atingisse um nível específico de força e ódio.

O Caminho da Vingança e o Desenvolvimento de Habilidades

A estratégia de Itachi era meticulosa e requeria que Sasuke trilhasse um caminho de escuridão, culminando no despertar total de seu Mangekyō Sharingan e, eventualmente, o aprimoramento de técnicas como o Amaterasu, concedido através de seu próprio olho via corvo.

Fornecer-lhe armas lendárias, que geralmente exigem um controle de chakra e uma estabilidade mental superiores, poderia ter alterado drasticamente o ritmo de sua jornada. Se Sasuke tivesse acesso facilitado a poder de nível Kage antes de consolidar sua própria força de vontade, ele poderia ter se tornado vulnerável a influências externas, como a de Orochimaru, ou o poder destrutivo das próprias armas.

O objetivo primário era fazer com que Sasuke evoluísse para se tornar forte o suficiente para enfrentar qualquer ameaça, incluindo o próprio Itachi e, posteriormente, a Akatsuki e a vila. Armas excessivamente poderosas poderiam ter tornado o irmão mais novo dependente, minando a necessidade de aperfeiçoar o ninjutsu, genjutsu e taijutsu que ele precisava dominar.

A Importância da Imprevisibilidade

Ao manter o arsenal oculto, Itachi garantia que seu irmão enfrentasse desafios progressivos, forçando-o a aprender com as perdas e vitórias. A transferência de poder deveria ser orgânica, impulsionada pela emoção e pelo ódio, e não apenas pela posse de um item. As técnicas que ele legou, como o poder ocular, eram intrinsecamente ligadas à linhagem Uchiha e ao seu próprio sacrifício, tornando-as mais significativas do que qualquer arma física.

A decisão, analisada sob a ótica do plano mestre de Itachi, sugere que ele priorizou o desenvolvimento intrínseco de Sasuke sobre o poder material imediato. Ele queria um sucessor forte, forjado no fogo da adversidade, e não apenas um portador de objetos poderosos, consolidando sua imagem como um estrategista que jogava a longo prazo no tabuleiro ninja mundial.