A lógica por trás da troca de olhos mangekyō sharingan eterno entre itachi e sasuke no universo naruto
A questão sobre a possibilidade de Itachi e Sasuke trocarem olhos para obter o Mangekyō Sharingan Eterno intriga fãs e levanta dúvidas sobre as regras oculares.
No vasto e complexo universo ninja introduzido por Masashi Kishimoto em Naruto, a busca por poder frequentemente passa pela evolução das habilidades oculares, notadamente o Sharingan do clã Uchiha. Entre as manifestações mais poderosas, o Mangekyō Sharingan Eterno (EMS) representa o ápice, alcançado apenas através do transplante dos olhos de um familiar próximo. Isso gera um ponto de discussão fascinante sobre a relação entre dois dos personagens mais importantes da série: Itachi Uchiha e seu irmão mais novo, Sasuke Uchiha.
O dilema central reside na ineficácia de Itachi em usar seu próprio Mangekyō Sharingan avançado para beneficiar Sasuke sem sacrificar a visão permanentemente, ou, inversamente, a impossibilidade de obter o EMS de forma tradicional. A teoria que se desdobra é se eles poderiam ter efetuado uma troca mútua de globos oculares, similar ao conceito de que os olhos Otsutsuki funcionam quase como componentes substituíveis, como lâmpadas, dentro da mitologia da obra.
As regras do Mangekyō Sharingan Eterno
A obtenção do Mangekyō Sharingan Eterno exige um procedimento específico e trágico: um portador do Mangekyō Sharingan deve transplantar os olhos de outro usuário do Mangekyō, geralmente um irmão. Itachi, enfrentando a cegueira progressiva devido ao uso excessivo de seu poder ocular na luta contra a doença, já possuía a versão base do EMS em seu próprio corpo após o transplante dos olhos de seu irmão, Shisui Uchiha. Contudo, a lógica narrativa priorizou o desenvolvimento de Sasuke através da absorção da força de Itachi.
Se a mecânica ocular no mundo shinobi fosse puramente transitória, como se sugere em algumas análises sobre a natureza dos olhos de seres como os Otsutsuki, uma permuta permitiria que ambos os irmãos retivessem visão perfeita e acesso ao poder máximo. Itachi poderia ter recebido os olhos saudáveis de Sasuke, e Sasuke receberia os olhos de Itachi, que, ao se fundirem com os seus próprios Mangekyō, resultariam no EMS para ambos.
A necessidade narrativa e a limitação dimensional
A análise desse cenário sugere que a trama limitou essa possibilidade não por uma falha de lógica interna do sistema ocular, mas por propósitos estritamente dramáticos. O sacrifício e a escuridão que consumiam Itachi eram elementos cruciais para o desenvolvimento da jornada de vingança e, subsequentemente, redenção de Sasuke. A transferência completa do poder culminou com a morte de Itachi, forçando Sasuke a carregar o legado e a dor de seu irmão.
Além disso, a estrutura estabelecida para a evolução do Sharingan, embora complexa, sempre indicou que o poder adquirido é passado adiante ou herdado, e não simplesmente redistribuído por meio de troca direta. O transplante funciona como uma assimilação do poder latente, não uma simples substituição de hardware. A complexidade biológica e espiritual inerente aos olhos, que transcende o puramente físico, provavelmente impede uma reversão simples ou uma troca simétrica, mesmo que visualmente pareçam idênticos na aparência.
A especulação, portanto, serve mais como um exercício de lógica alternativa, sublinhando a profundidade das regras estabelecidas para o poder Uchiha e o peso simbólico da herança ocular transmitida de Itachi para Sasuke na história principal de Naruto Shippuden.