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A natureza da intenção de kaguya ōtsutsuki: Maldade, indiferença ou distorção da justiça em naruto?

Análise a fundo sobre a figura de Kaguya Ōtsutsuki e se suas ações visavam o mal, a indiferença ou uma visão distorcida de justiça no universo de Naruto.

Analista de Anime Japonês
22/11/2025 às 23:34
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A figura de Kaguya Ōtsutsuki, ancestral do chakra e antagonista final em Naruto Shippuden, permanece um dos temas mais intrigantes para o público da obra criada por Masashi Kishimoto. Embora sua ascensão ao poder e a consequente criação de um exército de Zetsu Branco sejam marcos de destruição e opressão, a motivação central por trás de suas ações raramente é explorada em profundidade, deixando em aberto a verdadeira natureza da personagem.

Existente há milênios, Kaguya chegou à Terra buscando paz, mas sua aquisição do poder do Deus Sábio a transformou radicalmente. A grande questão que paira é se essa transformação a tornou genuinamente malévola, desprovida de qualquer senso de empatia, ou se suas ações eram o resultado de uma profunda alienação de valores humanos.

O caminho para a tirania

A narrativa sugere que o medo acumulado e o desejo de proteger seu planeta de ameaças externas - possivelmente futuras invasões Ōtsutsuki, como implícito nos contos - levaram Kaguya a um ponto de inflexão. Ao selar o Jutsu da Regeneração Infinita com o Tsukuyomi Infinito, ela não buscava a aniquilação pelo prazer destrutivo, mas sim a estagnação e o controle absoluto. Este cenário levanta a hipótese de uma distorção catastrófica da justiça.

Se interpretarmos suas motivações sob essa lente, Kaguya acreditava estar salvando a humanidade do caos, impondo uma paz forçada e imutável. Em sua perspectiva alienígena e milenar, a liberdade individual poderia ser vista como um risco inaceitável para a sobrevivência do planeta. Embora o resultado prático tenha sido a escravização e o sofrimento de gerações de ninjas, a intenção inicial poderia ter sido, em sua mente deturpada, benéfica.

A indiferença como arma

Por outro lado, existe um argumento sólido para a completa indiferença. Quando um ser possui poder e tempo de vida em uma escala tão vasta, as preocupações mortais podem se tornar insignificantes. É possível que Kaguya tenha simplesmente perdido a conexão com a vida e o sofrimento de seres que ela considerava efêmeros. Seu foco teria se tornado puramente a manutenção de seu domínio sobre o chakra, vendo os indivíduos como meras ferramentas ou obstáculos.

Diferente de antagonistas que demonstram sadismo explícito, Kaguya age com uma frieza calculada. Ela não se deleita com a dor, mas a tolera como um efeito colateral inevitável de sua agenda de controle total. Essa falta de reação emocional ao sofrimento alheio pode ser interpretada como uma forma de malevolência passiva, muito mais perigosa que a maldade ativa, pois carece de possibilidade de negociação ou convencimento.

A complexidade de Kaguya Ōtsutsuki reside justamente na impossibilidade de decifrar se ela era uma tirana apaixonada por seu poder, alguém que se perdeu tentando ser protetora, ou uma entidade fria que apenas buscava estabilidade cósmica. Sua jornada, marcada pela traição de seus próprios filhos, Hagoromo e Hamura, apenas solidificou seu isolamento e reforçou suas medidas extremas.

O legado de Kaguya serve como um estudo de caso fascinante sobre como a posse absoluta de poder pode corromper a percepção da realidade, independentemente da intenção inicial, transformando salvadores potenciais em ditadores ancestrais no complexo folclore de Naruto.

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Tags:

#Naruto #Kaguya Ōtsutsuki #Análise de Personagem #Moralidade #Justiça Distorcida

Analista de Anime Japonês

Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.

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