Análise aponta que one punch man temporada 3 possui base sólida, mas sofre com problemas de execução e ritmo

Uma análise detalhada sobre a terceira temporada do aclamado anime One Punch Man sugere que, apesar de conter os elementos essenciais para ser um grande sucesso, a execução técnica e narrativa compromete significativamente sua qualidade percebida. Observadores indicam que o problema central reside na condução e no ritmo impostos à obra.

Mesmo em episódios iniciais, onde sequências de ação esperadas, como o confronto entre Garou e os heróis de Classe S, apresentavam visuais impressionantes nas prévias, a versão final exibida nos episódios completos sofreu com o que é descrito como uma montagem brusca e cortes mal posicionados. A diferença entre o potencial visual, que é reconhecido como excelente em termos de estilo e momentos pontuais de animação fluida, e a direção geral é notável.

A importância da direção e do ritmo narrativo

O ponto de maior discórdia foca na competência da direção. Argumenta-se que a responsabilidade direta pelo ritmo e pela fluidez da narrativa recai sobre o diretor, e neste aspecto, a adaptação falha. São apontadas cenas longas e estáticas de diálogo, juntamente com a supressão ou adição inadequada de conteúdo, que quebram a imersão. Tal execução sugere que, embora a matéria-prima (o material fonte) ofereça peças para uma temporada de alta qualidade, a montagem final as desmembra.

Há uma esperança depositada nas futuras versões em mídias físicas, como os lançamentos em Blu-ray, tradicionalmente responsáveis por corrigir erros de continuidade e animação presentes nas exibições de televisão. No entanto, mesmo com essas expectativas, existe o receio de que as falhas estruturais mais profundas, ligadas ao planejamento da direção, não sejam totalmente remediadas.

Animação estática versus falta de quadros

Um debate secundário reside na discussão sobre a suposta falta de animação. Embora o investimento em quadros animados pareça menor em alguns momentos, a crítica aponta que o problema não se resume apenas à quantidade de movimento. A maneira como a ausência de animação é tratada faz a diferença: sequências que permanecem estáticas por tempo excessivo, sem adição de elementos visuais que justifiquem a pausa, tornam a experiência tediosa. Isso contrasta com problemas pontuais de qualidade que existiram até mesmo na primeira temporada, mas que foram melhor mitigados na época.

Em suma, a conclusão geral é que One Punch Man temporada 3 possui o esqueleto de um produto excepcional, mas falhou cruelmente em aspectos cruciais de produção, especialmente na direção e na edição, necessitando de intervenções significativas para alcançar o patamar de excelência da série.