O mistério das oportunidades de colecionáveis: Por que bleach parece carecer de gachapons populares?

Apesar de sua consolidação como um dos pilares do gênero shonen, Bleach parece estar em uma posição peculiar no mercado de colecionáveis japoneses de baixo custo. Enquanto franquias contemporâneas ou de sucesso similar geralmente inundam o mercado com máquinas de venda automática de cápsulas, conhecidas como gachapon, apresentando personagens em versões chibi ou miniatura, Bleach demonstra uma notável escassez desses itens.

Essa percepção surge em um momento de renovado interesse global pela obra de Tite Kubo. Com a chegada da temporada final adaptando o aclamado arco Thousand-Year Blood War, a demanda por produtos licenciados atingiu um novo pico. No entanto, a experiência de colecionadores ao procurar por esses itens menores e acessíveis revela um vazio.

A disparidade no mercado de colecionáveis

O fenômeno gachapon é um termômetro da popularidade contínua de um anime no Japão, servindo como um motor de renda constante e um veículo para o merchandising frequente. Títulos como My Hero Academia, Fullmetal Alchemist: Brotherhood e até mesmo Gintama, que possuem um ciclo de lançamento mais espaçado ou audiências comparáveis, mantêm uma oferta robusta de pequenas figuras colecionáveis.

A ausência de lançamentos gachapon de Bleach chama a atenção porque a franquia, que se reencontrou com o público de forma estrondosa, possui um elenco robusto e visualmente distinto. Personagens como Ichigo Kurosaki, Rukia Kuchiki e os diversos capitães do Gotei 13 oferecem material vasto para designs cativantes em escala reduzida. A expectativa natural é que o renascimento da série impulsionasse esse tipo de produto.

Além das cápsulas: uma visão geral do merchandising

A observação sobre os gachapons se estende a um sentimento mais amplo entre os entusiastas: a quantidade geral de mercadorias licenciadas de Bleach pode parecer inferior quando comparada a outras séries de seu calibre. Figuras de ação maiores, almofadas, chaveiros e outros itens licenciados parecem existir em menor volume ou com distribuição internacional mais restrita.

Existem várias hipóteses para essa discrepância. Uma delas pode residir na estratégia da editora ou do estúdio de animação, que pode estar priorizando o licenciamento para produtos de maior valor agregado, como estátuas premium ou colaborações de luxo, destinando o foco principal da produção para colecionáveis caros, em detrimento de itens democráticos como os de gachapon.

Outro fator a ser considerado é a fase anterior da franquia. Após o término original do anime, o período de hiato prolongado pode ter levado os licenciadores a serem mais cautelosos ou a renegociarem contratos. Com o novo anime em andamento, espera-se que essa lacuna seja corrigida gradualmente. O mercado de colecionáveis frequentemente segue a demanda de perto, e a recente e massiva audiência de Bleach deve, em breve, se traduzir em uma maior variedade de opções para os fãs colecionarem, incluindo as cobiçadas miniaturas de cápsula.