Retrospectiva da produção da terceira temporada de one-punch man revela cronograma turbulento

A expectativa pela terceira temporada de One-Punch Man, um dos animes mais aguardados, foi construída sobre um período de quase silêncio oficial, culminando em uma revelação de bastidores que expôs as dificuldades enfrentadas pelo projeto. O anúncio inicial da renovação, datado de 17 de agosto de 2022, gerou entusiasmo, apesar da ausência de um estúdio confirmado na época, alimentando especulações na base de fãs.

Durante o período que se estendeu entre 2022 e 2024, a falta de comunicados oficiais foi notável. Rumores indicavam que o estúdio MAPPA estaria à frente da animação, o que, posteriormente, se provou incorreto, aumentando a ansiedade e a especulação sobre a equipe de produção.

A primeira grande atualização concreta surgiu em 29 de fevereiro de 2024, com a divulgação de um vídeo especial. Este trailer, que apresentava sequências intensas animadas individualmente por Kenichiro Aoki, como o confronto entre Garou contra Bug God e Royal Ripper, serviu para confirmar o estúdio responsável: J.C. Staff. A notícia gerou uma dualidade de reações: embora a qualidade das cenas demonstradas tivesse sido elogiada, a escolha do estúdio provocou ceticismo considerável entre a audiência, ainda que o entusiasmo geral pelo retorno da série prevalecesse.

Os desafios revelados da produção antecipada

A complexidade da produção veio à tona em entrevistas realizadas entre agosto e outubro de 2025. Foi revelado que, mesmo em fevereiro do mesmo ano, a animação da temporada se encontrava apenas em fase de pré-produção. Este atraso significativo na linha do tempo de desenvolvimento lançou luz sobre o quão apertado estava o cronograma antes da estreia da temporada.

O ponto de inflexão crítico ocorreu em 12 de outubro de 2025, data em que a temporada foi finalmente lançada. A recepção subsequente foi majoritariamente negativa, com críticas apontando falhas em diversos aspectos técnicos e artísticos. A animação foi descrita como abaixo do padrão esperado, o design de som recebeu severas correções e a consistência visual dos personagens foi questionada.

A análise retrospectiva sugere que a pressão por entregas rápidas, possivelmente motivada por interesses comerciais da detentora dos direitos, a exemplo da Bandai, pode ter comprometido a qualidade final. Quando um projeto de grande porte é apressado para cumprir prazos agressivos, a coerência artística e técnica do produto frequentemente se deteriora, como um risco inerente à busca incessante por capitalização rápida de uma propriedade intelectual estabelecida.