A eterna dúvida do espectador de naruto: Pular para shippuden ou assistir a todo o conteúdo original?
A linha tênue entre o material canônico e os episódios de preenchimento no arco final de Naruto desperta debates sobre a melhor forma de seguir a jornada de Sasuke e Naruto.
A jornada de Naruto Uzumaki, o ninja que busca reconhecimento em sua vila, é longa e cheia de reviravoltas, mas para muitos espectadores, a reta final da série original apresenta um dilema de navegação. Muitos que acompanham os episódios através de plataformas de streaming como a Netflix se deparam com uma questão crucial no final da primeira fase: a transição para Naruto Shippuden.
O ponto de inflexão frequentemente reside na determinação do que constitui o material canônico, ou seja, a história diretamente adaptada do mangá criado por Masashi Kishimoto, e o que são os chamados episódios filler, criados exclusivamente para a adaptação em anime.
A composição dos episódios de preenchimento
A primeira série de Naruto, antes da continuação Shippuden, é notável por ter uma proporção significativa de conteúdo não proveniente do mangá. Estes episódios filler são tradicionalmente inseridos para dar tempo ao lado editorial de produzir mais capítulos do mangá original ou para evitar que o anime alcance a publicação. Embora sejam material secundário, eles oferecem expansões de mundo e desenvolvimento de personagens coadjuvantes.
O debate central surge quando o espectador atinge os capítulos que antecedem o retorno climático de Sasuke Uchiha. Análises de guias de episódios indicam que uma grande fatia dos arcos finais da série original é composta por histórias de preenchimento. A tentação de avançar diretamente para Naruto Shippuden, que retoma a narrativa principal com os personagens mais velhos e em situações de maior risco, torna-se forte para quem prioriza o enredo principal.
O valor do conteúdo não canônico
A decisão de pular para Shippuden, embora economize tempo, levanta questionamentos sobre a experiência completa do fã. Os episódios de preenchimento em animes como Naruto frequentemente preenchem lacunas de tempo entre eventos importantes, oferecendo explicações sobre habilidades ou aprofundando a vida dos personagens secundários, como os times Ino-Shika-Cho ou os Gennin não pertencentes ao Time 7.
Para o público que busca uma fidelidade absoluta ao texto original de Kishimoto, ignorar esses trechos é a rota mais eficiente. No entanto, o anime, como obra audiovisual, desenvolve ritmos e dinâmicas que nem sempre são capturadas puramente na leitura do mangá. Um arco filler pode, por exemplo, solidificar a relação entre certos ninjas ou apresentar técnicas que, embora não essenciais à trama principal de Hokage, enriquecem o universo ninja estabelecido.
Em última análise, a escolha se resume à experiência desejada pelo espectador. Quem busca a progressão narrativa imediata e apenas os eventos cruciais que levam à saga principal de Shippuden encontra justificativa para a otimização do tempo. Já quem valoriza a imersão total no universo de Naruto e o desenvolvimento do mundo construído em Konoha pode preferir seguir a ordem cronológica completa, aproveitando cada momento de aprendizado e crescimento dos heróis antes de sua próxima grande fase.
Analista de Anime Japonês
Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.