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A repetição de poderes em boruto levanta questionamentos sobre a originalidade da nova geração shinobi

A série Boruto tem sido alvo de críticas por reciclar habilidades de personagens icônicos de Naruto, levantando debates sobre inovação.

Analista de Anime Japonês
02/11/2025 às 06:09
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A franquia Naruto, especialmente no período pré-Boruto, foi celebrada por apresentar uma vasta gama de técnicas únicas e por evitar a reutilização excessiva de habilidades consagradas entre seus personagens principais. Entretanto, a produção atual, focada na nova geração de shinobi, parece enfrentar um desafio criativo significativo na diferenciação de seus protagonistas em relação aos seus antecessores.

Uma análise recente aponta que um dos maiores obstáculos narrativos enfrentados por Boruto: Naruto Next Generations é a forte dependência da recorrência de poderes já estabelecidos. Observa-se que muitos dos jovens ninjas parecem ser cópias funcionais ou versões aprimoradas de habilidades de seus pais ou mestres, o que gera um senso de previsibilidade para o público acostumado com a constante evolução técnica vista anteriormente na obra original.

O eco dos legados familiares

Personagens centrais demonstram uma familiaridade excessiva com os arsenais dos heróis clássicos. Por exemplo, Shikadai, herdeiro do clã Nara, utiliza predominantemente o Kagemane no Jutsu (Técnica da Imitação das Sombras) com poucas modificações conceituais. De maneira similar, Boruto Uzumaki, o protagonista, frequentemente recorre ao Rasengan, um ataque emblemático de seu pai, Naruto Uzumaki, sem apresentar uma reinvenção substancial do movimento.

A situação se estende a outros membros do time 7. Sarada Uchiha carrega o fardo de ser vista como uma sombra de Sasuke Uchiha, ostentando técnicas baseadas em Sharingan e jutsus de relâmpago, enquanto Inojin Yamanaka combina as habilidades dos pais, Ino e Sai, resultando em Frank Art com características conhecidas.

Mesmo personagens secundários parecem seguir padrões de design de poder já explorados. Há quem aponte a existência de uma personagem feminina que evoca as capacidades de manipulação de massa corporal antes vistas em Choji Akimichi, reforçando a sensação de um ciclo repetitivo de poderes, em vez de uma expansão criativa dentro do universo shinobi.

A falta de originalidade em contraste com o passado

O contraste é inevitável quando confrontado com episódios passados da saga Naruto, onde mesmo personagens de tela brevemente apresentados, como Pakura de Sunagakure com seus jutsus de ventilação de chama, traziam um conceito de poder inédito e memorável em seu curto tempo de tela. Esta diferença indica que a produção atual pode estar priorizando a conexão familiar e a conveniência narrativa em detrimento da invenção pura e simples de novas mecânicas de combate.

A expectativa para uma nova geração de histórias ninjas sempre inclui a promessa de novas estratégias e fenômenos. O desafio para os criadores de Boruto reside em capacitar seus novos heróis com um repertório de habilidades que não apenas honre o legado de seus antepassados, mas que também estabeleça um território completamente novo e visualmente surpreendente para as futuras batalhas.

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Tags:

#Naruto #Crítica de Anime #Boruto #Habilidades Ninja #Repetição de Poderes

Analista de Anime Japonês

Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.

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