Teoria aponta que griffith precisaria de guts, casca e rickert para completar uma nova transformação

Uma análise intrigante sobre a trajetória de Griffith, o notório antagonista da obra Berserk, levanta a possibilidade de que sua ascensão completa ao poder dependa de um sacrifício que envolve os três personagens mais ligados ao seu passado traumático: Guts, Casca e Rickert.

A premissa central dessa especulação reside na ideia de que a metamorfose final de Griffith, aquela que o solidificaria como a entidade suprema que ele almeja ser, exige a união ou o sacrifício de resquícios cruciais do seu antigo bando, a Tropa do Falcão. Embora Griffith já tenha alcançado o status de Femto pelo sacrifício de seus companheiros durante o Eclipse, essa nova teoria sugere uma etapa subsequente.

O papel dos três sobreviventes

A lógica aponta para Rickert, Guts e Casca como os pilares restantes que interligam a humanidade de Griffith à sua ambição demoníaca. Rickert é o único sobrevivente que rejeitou fanaticamente o caminho de Griffith, mantendo uma pureza moral e uma ligação técnica com o passado.

Guts, como o Espadachim Negro e eterno antagonista, representa a oposição obstinada à ascensão de Griffith. Sua presença é essencial como o contraponto de toda a tragédia, tornando seu sacrifício um ato de poder incomparável, dada sua força e sua resistência inabalável.

Casca, por sua vez, não é apenas uma vítima do Eclipse, mas também um símbolo do afeto e da humanidade que Griffith optou por descartar. A posse ou manipulação de Casca - já demonstrada com o sequestro recente - sugere que ela carrega um valor simbólico e, talvez, energético indispensável para a conclusão de um ritual de transmutação.

A estratégia do sequestro

O ato de sequestrar Casca, ao invés de simplesmente eliminá-la, reforça essa linha de pensamento. Se Griffith precisa dos três, ele precisa orquestrar o reencontro. Ao tomar Casca, ele obriga Guts a persegui-la, e Rickert, envolvido nos preparativos da batalha, se torna um alvo tangencial, mas necessário. A teoria propõe que Griffith está montando um tabuleiro complexo onde o confronto final não visa apenas a destruição de Guts, mas sim a absorção final de suas essências individuais para um salto evolutivo.

Essa visão recontextualiza os movimentos recentes do Rei de Falconia, transformando-os de meras ações de manutenção de poder em passos calculados para um evento de magnitude cosmológica dentro do universo de Kentaro Miura. A obtenção desses três indivíduos serviria para cimentar seu domínio sobre o mundo físico e espiritual, transcendendo até mesmo o poder que ele obteve ao se tornar um dos Mãos de Deus.

É fascinante observar como os eventos atuais ecoam o trauma original, sugerindo que, para Griffith, a coroação final pode não estar completa sem a aniquilação ou incorporação daqueles que ele deixou para trás no abismo da escuridão. O mangá continua a explorar as profundezas dessa mitologia sombria, deixando os leitores em suspense sobre o destino final dos sobreviventes.