Teoria sugere que o criador do exército de robôs em one-punch man age por motivação divina, não por maldade

A revelação de que o Dr. Kuseno é o mentor por trás da crescente ameaça de robôs genocidas no universo de One-Punch Man abriu espaço para diversas análises sobre suas verdadeiras intenções. Enquanto o arquiteto da destruição robótica poderia ser facilmente rotulado como um vilão clássico, uma linha de raciocínio sugere uma motivação muito mais complexa e ideológica, ligada diretamente a um conflito transcendente.

O cerne desta especulação reside na natureza do próprio Dr. Kuseno, especialmente em sua aparente bondade demonstrada, notavelmente em sua relação com o ciborgue Genos. Se o cientista nutre um genuíno afeto por personagens como Genos, a ideia de que ele seja motivado por pura malevolência parece simplista para muitos observadores da obra. A teoria propõe que o Dr. Kuseno se vê, paradoxalmente, como um agente do bem.

A Reação à Transgressão Humana

A hipótese central é que as ações do cientista são, na verdade, um cumprimento da vontade de uma entidade superior, frequentemente referida como “Deus” dentro do cânone da série. Nesta ótica, a humanidade teria cruzado limites estabelecidos por esta força divina ao buscar aprimoramento tecnológico e biológico de forma avassaladora, culminando na criação de seres que superam as restrições impostas ao gênero humano.

Nesse contexto, o exército de robôs criados pelo Dr. Kuseno não seria uma ferramenta de destruição aleatória, mas sim uma forma de restaurar a ordem natural ou de punir a humanidade por sua arrogância científica. A criação de máquinas para realizar extermínio em massa seria, portanto, um ato de serviço divino, cumprindo um desígnio maior que transcende a moral humana cotidiana.

Conexão com o Arco Final

Essa leitura ganha relevância ao se considerar a narrativa mais ampla de One-Punch Man. Se esta teoria se confirmar, ela estabeleceria uma ponte narrativa robusta para o clímax da história, alinhando o conflito tecnológico atual com o desenvolvimento do misterioso “arco de Deus” que vem sendo lentamente construído.

A dualidade entre a gentileza pessoal demonstrada pelo cientista e o terror em escala global que ele orquestra seria um aspecto narrativo poderoso. Ele estaria atuando sob uma convicção inabalável de que suas atrocidades são, na verdade, atos purificadores necessários para alinhar a Terra aos desígnios cósmicos, transformando um criador de monstros em um zelote de uma ordem superior. Esta complexidade adiciona camadas significativas ao desenvolvimento de personagens que definem o sucesso da série.