A tática negada: A controvérsia sobre o uso do kotoamatsukami por shisui uchiha contra danzo shimura
A possibilidade de Shisui Uchiha ter usado seu genjutsu máximo em Danzo Shimura levanta questões estratégicas profundas sobre a sobrevivência de seu clã.
A narrativa de Naruto, especialmente os eventos que culminaram no massacre do clã Uchiha, permanece repleta de dilemas morais e táticos que continuam a alimentar discussões entre os apreciadores da obra. Um dos pontos mais intrigantes gira em torno do uso potencial do Kotoamatsukami, o genjutsu supremo de Shisui Uchiha, contra Danzo Shimura.
O Kotoamatsukami é singularmente poderoso, permitindo ao usuário implantar comandos complexos na mente de suas vítimas sem que percebam, essencialmente reescrevendo suas intenções. Dada a urgência da situação enfrentada por Shisui - proteger seus entes queridos e talvez o próprio clã de um destino trágico - surge o questionamento: por que ele não utilizou essa habilidade diretamente sobre Danzo para forçá-lo a cessar suas manobras conspiratórias?
O dilema estratégico do Kotoamatsukami
A análise tática sugere que Shisui, munido de seu Mangekyo Sharingan, poderia ter executado um plano de contenção imediato. Com um único olho, ele poderia ter comandado Danzo a proteger informações vitais ou, mais drasticamente, a afastar-se de seus planos de golpe contra os Uchiha, enquanto simultaneamente revelava sua estratégia para o Terceiro Hokage, Hiruzen Sarutobi, e outros líderes da Vila da Folha. Isso teria potencialmente evitado o banho de sangue.
Ademais, o estatuto do genjutsu permite ajustes finos. Se a ordem inicial não cobrisse todas as eventualidades ou se surgissem complicações imprevistas durante a revelação dos fatos, Shisui poderia teoricamente empregar o poder do segundo olho (se disponível ou se o tempo permitisse) para mitigar reações adversas ou garantir a cooperação total dos envolvidos.
O custo da imortalidade tática e a limitação temporal
A grande barreira para este plano, contudo, reside na limitação conhecida da técnica. O Kotoamatsukami exige um período de regeneração extremamente longo, especulado em aproximadamente dez anos para cada olho recuperar sua capacidade total de uso. A questão central é se a garantia de manter sua família viva, e talvez a estabilidade política da vila em xeque, justificaria um sacrifício de uma década sem o uso desse poder extraordinário.
Para muitos observadores, a perspectiva de ter acesso irrestrito a um superpoder por dez anos em troca da preservação da vida dos entes queridos parece um custo aceitável. A hesitação de Shisui em aplicar tal medida, mesmo sob pressão extrema, sugere que os riscos percebidos de controlar Danzo - talvez o genjutsu ser detectado, ou o risco de Danzo desobedecer sob estresse extremo - superavam a certeza que a técnica ofereceria. A honra Uchiha e o medo de manipular indefinidamente um líder ninja veterano podem ter pesado mais do que a prevenção do massacre.
A decisão final de Shisui, contudo, permaneceu envolta em um mistério tático, definindo um dos momentos mais trágicos e debatidos da história da Vila da Folha. O potencial do Kotoamatsukami permanece como um lembrete do poder que poderia ter reescrito o curso dos eventos em Konoha, conforme detalhado na história de Naruto Shippuden.