Análise sugere jornada longa para o fim de berserk e transformação radical de guts
Especulações indicam que a saga Berserk pode exigir mais 150 a 200 capítulos, com Guts em nova fase de maturidade.
Uma análise detalhada sobre o arco narrativo atual de Berserk aponta para uma expansão significativa da jornada restante da obra, sugerindo que o desfecho final pode estar a mais de 150, ou até 200, capítulos de distância. Este cenário projetado baseia-se na profundidade do novo estágio em que os personagens centrais se encontram e na magnitude dos conflitos estabelecidos.
O protagonista, Guts, está imerso em uma fase de profundo amadurecimento psicológico. A fé inabalável apenas na espada, que marcou sua saída dos Mercenários do Falcão, deu lugar a uma compreensão mais clara de si mesmo e de seu propósito. Essa nova versão de Guts não busca apenas vingança; ele se prepara para uma longa empreitada para confrontar Griffith e, consequentemente, resgatar Casca.
O conflito central: Fantasia contra o Mundo
No polo oposto, Griffith consolidou seu poder em Falconia. A intenção dele de fazer de Casca sua rainha indica que a necessidade de legitimação política através do casamento com a Princesa Charlotte, da corte de Midland, parece secundária. Sua autoridade já transcende os limites do reino, sendo imune a objeções tradicionais, exceto talvez pelas elites políticas locais.
A narrativa se desenha para um choque de ideologias gigantesco. Se Griffith objetiva estabelecer um império mundial sob sua égide, com Casca ao seu lado, Guts se torna o antagonista incontornável nesse novo panorama. O confronto final, portanto, não será apenas pessoal, mas uma batalha ideológica onde Guts será percebido como o destrutor do paraíso estabelecido por Griffith.
Guts: O vilão necessário
Um ponto crucial dessa antecipação é a inversão de papéis percebida. Dentro de Falconia, onde muitos humanos veem Griffith como o herói salvador, Guts, ao avançar com a intenção de eliminar Griffith e resgatar sua amada, será inevitavelmente visto como um vilão que ameaça a paz e a ordem demoníaca instaurada. A transformação de personagens antigos e a ascensão de novos demônios ao redor de Griffith prometem um palco de batalha complexo, repleto de figuras conhecidas em novos papéis sombrios.
A dimensão épica necessária para resolver todas essas pontas soltas - o confronto com o reino, a redenção de Casca, o destino dos personagens secundários e a destruição da utopia de Griffith - exige um investimento substancial em tempo de história. Caso o ritmo de publicação se mantenha em torno de cinco a seis capítulos por ano, o fim da obra, embora aguardado com fervor pela saga de Kentaro Miura e sua equipe, pode se estender por duas décadas.