Análise detalhada sugere orquestração da mão de deus no arco da convicção de berserk

A narrativa sombria de Berserk atinge um de seus ápices dramáticos durante o arco da Convicção, momento crucial que marca o retorno triunfal de Griffith sob a forma de Femto. Uma análise minuciosa dos eventos sugere que os membros da Mão de Deus não agiram isoladamente, mas sim em um esforço coordenado para pavimentar o caminho para a manifestação do Rei do Desejo, intensificando a negatividade necessária para o sacrifício final.

A sinfonia da calamidade

A teoria postula que cada um dos entidades divinas - Ubik, Conrad, Slan e Void - desempenhou um papel específico na criação de um ambiente propício para a salvação desejada pela humanidade em desespero. Este alinhamento de forças visava maximizar a energia negativa e o anseio coletivo por um salvador.

Ubik, mestre das ilusões e da forma, é apontado como o responsável por implantar o sonho recorrente do Falcão Branco na mente das massas. Essa manipulação onírica funcionaria como um chamariz psíquico, preparando o palco para a aceitação inquestionável de Griffith. Enquanto isso, a influência de Conrad estaria ligada à proliferação da praga que assolou a região, um catalisador físico para o sofrimento.

O papel da decadência e da profanação

Slan, a entidade associada à luxúria e à decadência, supostamente teria atuado influenciando cultos e atividades perversas entre os habitantes locais. Essa corrupção moral aumentaria o senso de desespero e a necessidade de limpeza espiritual ou intervenção externa. A profanação e o caos criados por Slan ajudariam a alimentar o poço de energia negativa.

O papel de Void, o mais antigo e temido dos Apóstolos, seria ainda mais direto. Sugere-se que ele orquestrou a marcação do acampamento de refugiados com fogo, evento que culminou na devoração em massa por uma entidade informe, o blob de sangue. Esse ato extremo concentraria o terror e a necessidade de redenção em um ponto geográfico específico, o que é fundamental para a manifestação do novo ser.

A manifestação do Rei do Desejo

A convergência desses esforços visava atingir o clímax do anseio humano. Com a energia negativa no seu pico, Femto, o rei do desejo, pôde assumir forma física através do receptáculo preparado: o 'Apóstolo Ovo'. Este indivíduo, que seria mantido em incubação, teria a função crucial de concretizar o sacrifício.

Adicionalmente, indícios apontam que o Apóstolo Ovo seria o verdadeiro executor dos assassinatos dos padres durante o arco. Ao imitar o símbolo do falcão através da pele das vítimas, ele reforçaria a associação do sacrifício com a figura que a população já desejava como redentora. Este ciclo vicioso de sofrimento, desejo e manifestação divina ilustra a profundidade da tragédia tecida pela Mão de Deus, amplificada, ironicamente, pela marca do sacrifício carregada por Guts e Casca, que inadvertidamente atraiu a atenção demoníaca para a área.