Animador renomado revela que raramente assiste aos próprios trabalhos

A indústria da animação frequentemente idealiza seus criadores como os maiores fãs e críticos de seus próprios projetos. No entanto, uma declaração recente vinda do aclamado animador Takashi Hashimoto desafia essa percepção. Hashimoto, reconhecido por seu trabalho em produções de alto calibre, admitiu que mantém uma distância notável das obras em que esteve envolvido, revelando uma filosofia de dedicação intensa durante o processo, mas desapego após a finalização.

Segundo o depoimento do artista, ele não costuma assistir com frequência aos filmes, séries ou episódios nos quais contribuiu. Essa postura, embora possa parecer estranha para o público, é reflexo de sua mentalidade profissional focada inteiramente na execução da tarefa. Hashimoto expressou que, devido a essa pouca familiaridade com os produtos finais, ele sequer está a par de muitas das análises e recepções que circulam sobre eles.

A filosofia do esforço total no presente

Para Hashimoto, o valor do seu envolvimento reside na entrega de seu máximo esforço em cada etapa do projeto. Ele enfatiza uma filosofia pessoal de sempre se dedicar ao máximo ao que está sob sua responsabilidade direta. Essa abordagem sugere uma concentração intensa no ofício, canalizando toda a energia criativa para a produção imediata, sem a preocupação posterior com a recepção ou o resultado agregado da obra completa.

O animador também tocou em um ponto crucial sobre a natureza colaborativa da produção audiovisual. Ele ponderou que um projeto de animação raramente depende de um único indivíduo. O sucesso, ou o eventual deslize, é um resultado coletivo. Hashimoto expressou pesar ao notar que, se houver falhas atribuídas a cortes ou negligência de outros envolvidos, o resultado final pode ser comprometido, mesmo com seu melhor empenho pessoal.

Essa consciência sobre a interdependência do estúdio não o desmotivou, mas sim o impulsionou para um futuro de maior aprimoramento. Ele demonstrou gratidão e o desejo contínuo de evoluir suas habilidades, para garantir que, quando ele estiver envolvido, as chances de tais problemas ocorrerem sejam minimizadas. A meta é se tornar tão competente que a qualidade do seu segmento seja inquestionável, independentemente das variáveis externas.

Essa perspectiva oferece uma visão fascinante sobre a mentalidade de profissionais de ponta no mundo da animação, onde o foco intenso na técnica e no ofício imediato pode ditar uma separação saudável do produto final, permitindo que o criador foque na próxima fronteira de aprimoramento pessoal, em vez de reciclar o passado.