Teoria investiga possível acordo secreto entre a tropa dos caçadores e muzan durante o exame de seleção
Uma análise especulativa sugere que o sangrento Exame de Seleção pode ser sustentado por um pacto informal entre a organização de caçadores e o progenitor dos demônios.
Uma teoria intrigante sugere que o temido Exame de Seleção da Tropa dos Caçadores não é apenas um campo de batalha aleatório, mas sim o palco de um acordo tácito e informal entre a organização e o próprio Muzan Kibutsuji, o Rei dos Demônios.
A premissa central dessa hipótese reside na origem dos demônios que infestam a montanha durante a prova. Argumenta-se que Muzan deliberadamente envia para o local criaturas de fraqueza considerável. Visto que os demônios precisam de algum meio para infiltrar as áreas de teste, a presença dessas entidades seria intencional, servindo como um descarte estratégico de seres menos úteis para seu plano mestre.
A troca de utilidade: Ferramenta de treino e potencial de ascensão
Sob essa ótica, os Caçadores se beneficiariam indiretamente, utilizando esses demônios fracos como material de treinamento eficiente para a próxima geração de espadachins. Por outro lado, Muzan conseguiria se livrar de demônios que não oferecem valor estratégico, ao mesmo tempo que ocasionalmente conseguiria 'promover' um jovem demoníaco, como ocorreu com o Demônio das Mãos, caso ele sobrevivesse e evoluísse sob pressão.
O ponto mais crítico desse hipotético arranjo seria a cláusula não dita: enquanto Muzan limitar o envio de demônios apenas aos de nível inferior, a Tropa dos Caçadores estaria obrigada a ignorar qualquer um que manifestasse uma força considerável e emergisse da provação com vida.
Trata-se de um equilíbrio de poder onde o Rei Demônio garante a eliminação de potenciais Caçadores experientes futuros e o descarte de suas criações menos promissoras, em troca de manter suas operações mais valiosas e ameaçadoras longe do alcance imediato da organização.
O custo do silêncio e a coleta de inteligência
Essa barganha não declarada explica por que a Tropa pode parecer tolerar a presença de demônios excepcionalmente letais que aparecem durante os testes. Romper o pacto, mesmo sendo implícito, poderia ser visto como um risco catastrófico, talvez resultando no colapso total da trégua e expondo ambas as facções a investigações governamentais mais amplas ou a ações mais drásticas de ambos os lados.
Adiciona-se a isso a questão das máscaras utilizadas pelos examinandos. A necessidade de ocultar a verdadeira identidade dos aspirantes durante a prova poderia ser uma medida defensiva contra a coleta de dados. Se a Tropa está ciente da participação de Muzan no processo, é razoável supor que o Lorde Demônio utilize o Exame como uma oportunidade para mapear talentos promissores e identificar aqueles que, no futuro, se tornarão ameaças sérias.
Dessa forma, o Exame de Seleção se transforma em um complexo jogo de xadrez de alto risco, onde a sobrevivência não depende apenas da espada, mas também do entendimento das regras não escritas que regem a guerra oculta entre a humanidade e seu inimigo ancestral.
Analista de Mangá Shounen
Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.